IT Forum Praia do Forte: capacitação, P&D e segurança como pilares para o avanço do IoT

Dados da pesquisa “Antes da TI, a Estratégia“, realizada anualmente pelo IT Forum com líderes de tecnologia das maiores empresas do Brasil, indicam que a Internet das Coisas (IoT) deve ganhar espaço no país. Na edição mais recente da pesquisa, 44% dos executivos respondentes afirmaram que o tema estará na pauta da TI nos próximos meses.

Na abertura do IT Forum Praia do Forte, que celebrou a premiação do Executivo de TI do Ano 2024, Claudia Muchaluat, presidente da Intel Brasil; Gustavo França, Chief Information Officer (CIO) global e Chief Digital Officer (CDO) da Gerdau; e João Vitor Silva, gerente de TI da Direcional Engenharia, discutiram os desafios e as oportunidades do IoT no Brasil.

Segundo Claudia Muchaluat, a expansão do IoT no mercado nacional depende de três pilares fundamentais: a formação de mão de obra especializada, a pesquisa e desenvolvimento (P&D) e a segurança. Para sustentar esses pilares, a regulamentação do setor e a colaboração entre o poder público e a iniciativa privada são essenciais.

“Precisamos incentivar a inovação e o desenvolvimento, mas, por outro lado, aplicar a tecnologia de maneira ética e segura, respeitando a privacidade dos dados. Esse equilíbrio deve ser buscado por meio da governança de cada um de nós aqui, juntamente com os líderes do governo. É um trabalho multidisciplinar”, avaliou a executiva.

Além dos temas levantados por Claudia, João Vitor Silva, da Direcional Engenharia, destacou o desafio da infraestrutura como crucial para o avanço do IoT no Brasil. No contexto da regulamentação, o executivo defendeu a importância de ações direcionadas a áreas além do Sudeste, visando garantir a expansão dessas tecnologias.

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“As políticas públicas podem ajudar a destravar a integração do país como um todo, que tem uma dimensão continental. Isso seria um fator habilitador para o uso mais intensivo do IoT, bem como da inteligência artificial e da computação em nuvem”, observou.

A Gerdau tem feito uso intensivo de sistemas de IoT e já possui mais de mil ativos críticos conectados em suas operações no Brasil. De acordo com Gustavo França, o tema também levanta uma discussão importante sobre a interação entre pessoas e máquinas, especialmente no contexto do avanço da Inteligência Artificial (IA).

“Entendo que, à medida que automatizamos e introduzimos mais robótica, há uma necessidade crescente de rediscutir papéis. A forma como o ser humano vai amplificar seu potencial cognitivo, a partir do uso dessa inteligência capturada, é através de dados e sinais”, avaliou França.

Nesse contexto, o executivo enfatizou a importância de treinar os colaboradores para buscar uma conexão ideal entre pessoas e dispositivos IoT. “Temos trabalhado intensamente nessa mudança de mentalidade, porque o operador de hoje não necessariamente operará como o operador do futuro”, afirmou.

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