Médias e grandes empresas brasileiras pretendem destinar 7,7% do seu faturamento líquido anual para gastos e investimentos em Tecnologia da Informação (TI) em 2018. O número é parte da 29ª Pesquisa Anual do GVcia, Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EAESP).
Fernando S. Meirelles, Professor Titular de TI da FGV-EAESP e responsável pelo estudo, comenta que o número é surpreendente. “Os gastos e investimentos cresceram. Isso é uma ótima notícia. Esperávamos decrescer por conta do cenário (para 7,4% ou 7,5%) e foi uma grata surpresa não diminuir”, afirmou, durante apresentação dos resultados nesta quinta-feira (19/4), na FGV, em São Paulo (SP).
O crescimento volta a ser registrado após três anos estáveis em 7,6%. Meirelles é enfático e garante a credibilidade do estudo. “Eu faço uma medida microeconômica, baseada no que as empresas gastam, dividido pelo faturamento. Se você pegar uma medida macroeconômica, no caso o quanto o setor de TI representa do PIB, verá que os números batem. TIC representa 8% do PIB”, disse.
Outro agravante citado pelo especialista é o impulso de órgãos governamentais, cada vez mais “forçando” empresas a utilizarem recursos digitais. Um exemplo é a nota fiscal eletrônica. “Brasil é dos mais exigentes para digitalização.”
“Os valores e estudos divulgados comprovam um crescente processo de informatização das empresas e da sociedade”, destacou. “Em resumo, a TI vai ‘muito bem, obrigado’. As empresas estão aumentando a maturidade no uso de TI.”
Quanto à tendência, Meirelles acredita que o setor vai retomar novamente crescimento acelerado, mas a incógnita é saber quanto. “Isso depende da economia.”
Metodologia
O levantamento atual é uma ampliação da amostra do estudo para sua 29ª edição anual. A pesquisa foi realizada em 8 mil grandes e médias empresas com 2.560 respostas válidas.
“O gráfico de gastos e investimentos em TI é o mais importante para empresas. É o benchmark mais usado para planejamento, acompanhamento e discussão de estratégias. Pegamos tudo o que a empresa gasta e investe e dividimos pelo faturamento.”
Gastos por setor
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