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Investimento em startups brasileiras da Indústria 4.0 quintuplica em 2020

Startups cujas soluções são voltadas especificamente para a indústria captaram cinco vezes mais investimentos em 2020 do que em anos anteriores. Foram US$ 61,51 milhões captados no ano passado, ante US$ 11,66 milhões em 2019 e quase US$ 15 mi em 2018 e 2017. Os números são do Indústria 4.0 Report 2021, feito pela Distrito com apoio da KPMG.

O estudo traz um panorama das transformações do setor rumo à chamada Indústria 4.0 e a importância das startups para o processo. O termo tem sido usado para se referir a empresas que empregam soluções ou oferecem produtos próprios voltados para a inovação nos processos industriais.

De acordo com o levantamento, há grande concentração de negócios em estágios iniciais de investimento, como em rodadas sementes (ou seed). Isso significa que os valores tendem a aumentar à medida que startups avançam rumo a séries maiores de investimento (ou late stages). Também indica que há uma margem para expansão dos valores nos próximos anos.

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Ao todo, foram mapeadas 447 startups que atuam no setor, 27,74% delas trabalham com advanced analytics, 18,12% com internet das coisas (IoT) e 10,51% com energia. Juntas, elas empregam mais de 9 mil pessoas no país.

A maior parte dessas startups foram fundadas nos últimos quatro anos – houve um crescimento exponencial desde 2013, quando começa uma aceleração no relacionamento entre indústria e startups.

Agroindústria

Entre as startups que receberam os maiores investimentos, lideram empresas ligadas ao agronegócio, o que segundo o estudo se relaciona à relevância do setor no país. Alguns exemplos são a Solinftec, que monitora todas as etapas da produção agrícola, a Agrosmart, que oferece serviços de monitoramento de lavoura, e a GlobalYeast, que oferece técnicas de fermentação sustentável.

Enquanto o venture capital no setor ainda é tímido, o cenário é próspero para fusões e aquisições. Foram 12 de 2017 para cá, envolvendo grandes empresas globais, como a brasileira WEG e a alemã Siemens. Neste ano, houve a aquisição da startup de automação e robótica Pollux Automation pela gigante da tecnologia Accenture.

“Vivemos um momento de baixa histórica da participação industrial no PIB brasileiro. Nesse contexto, vemos o ecossistema de inovação aberta como um catalisador para a digitalização da indústria brasileira, recuperando a capacidade produtiva do país”, diz Gustavo Araújo, CEO do Distrito.

O estudo pode ser baixado gratuitamente (mediante cadastro) nesse site.

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