Quando alguém fala sobre a Noruega, o que vem à mente? Você provavelmente respondeu “bacalhau”. Compreensível. Afinal, o Brasil está no topo do ranking dos países que mais importam o peixe do país. Mas a Noruega e o Brasil têm muito mais do que essa afinidade. Além do amor pelo café – cada norueguês consome 9,9 Kg da bebida por ano, segundo estatísticas de 2017 da Organização Internacional do Café (OIC) – os países têm fomentado o intercâmbio tecnológico.
Hoje, a Noruega é o oitavo maior investidor no Brasil, com um montante que atingiu US$ 4,6 bilhões apenas entre 2015 e 2016. Por meio da Innovation Norway, agência de negócios do governo da Noruega, a ideia do país é ampliar exponencialmente essa marca.
Bruno Leiniö, gerente de projetos em Tecnologia e Renováveis da Innovation Norway, contou que uma série de ações tem sido colocadas em prática para fomentar o intercâmbio, especialmente o tecnológico. Entre elas, uma rodada de conferências para promover a troca de informações e networking entre empresários e pesquisadores de ambos os países com o objetivo de estimular a expansão de negócios. A próxima com foco em tecnologia, a Norway Brazil Week(s), acontecerá em novembro com o tema internet das coisas (IoT).
Sinergia tecnológica
Leiniö conta que a sinergia tecnológica entre os países engloba uma série de áreas. No setor de energia, ambos têm suas matrizes energéticas baseadas em geração por meio de hidrelétricas e no setor de óleo e gás há grandes similaridades nas operações em águas profundas.
No gerenciamento de oceanos, há potencial para alavancar as atividades de aquicultura e piscicultura no Brasil, a partir da experiência da Noruega com tecnologias de ponta.
“Temos um cenário tecnológico pujante. Diversas empresas de tecnologia, como o Appear.in [sistema on-line e gratuito para videoconferências], e o Bing, [motor de pesquisa vendido para a Microsoft], foram criadas por empreendedores na Noruega”, comentou Leiniö.
Egil Nes, empreendedor e cofundador do site TechinBrazil, reiterou dizendo que o país passou, e ainda passa, por desafios tecnológicos parecidos com os do Brasil, acelerando a curva de aprendizado e projetos na área. “Por isso, o intercâmbio é benéfico.”
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