Análise preditiva e inteligência artificial ganham importância nos orçamentos de empresas, aponta estudo

Levantamento realizado pela Randstad mostra que inteligência artificial está remodelando organizações, mercados e economias

Author Photo
1:10 pm - 16 de maio de 2024
Imagem: Shutterstock

Mais de 60% das empresas estão ampliando os orçamentos destinados à análise preditiva e à inteligência artificial (IA). Isso é o que revelou a 9ª edição do estudo global Talent Trends, realizado pela Randstad com mais de mil líderes globais e regionais de 21 mercados, incluindo o Brasil.

A pesquisa apontou que 76% dos entrevistados acreditam que a IA pode melhorar significativamente como as empresas gerenciam os talentos, ajudando a identificar oportunidades de mobilidade interna de maneira eficaz, e é capaz de encontrar necessidades e lacunas no quadro de colaboradores.

“A edição deste ano do estudo revela que 61% das empresas estão ampliando os orçamentos destinados à análise preditiva e 65% estão expandindo os orçamentos para IA, o que mostra como os líderes e as empresas estão se adaptando à rápida transformação digital, impulsionando o potencial da tecnologia, dos dados e das pessoas, que estão no centro do seu negócio”, disse Diogo Forghieri, diretor de Talent Solutions da Randstad Brasil.

Leia também: Brasil deve investir US$ 24 milhões em infraestrutura de IA

A pesquisa mostra ainda que 97% das empresas afirmaram que a adoção da tecnologia aumentou a atração, o comprometimento e a retenção de talentos neste ano – um aumento de 8% desde 2023, revelando uma mudança fundamental no paradigma da gestão de talentos.

Os dados revelam ainda que os investimentos em IA e automação têm gerado diversos benefícios tangíveis, como aprimoramento da eficiência e consistência nos processos (mencionado por 33% dos entrevistados), automatização do fluxo de trabalho (31%), aumento da capacidade de expansão dos negócios (30%), direcionamento dos colaboradores para projetos estratégicos (30%) e identificação de funcionários com habilidades específicas (30%).

Apesar do otimismo em relação à IA, também existem preocupações entre os líderes. Cerca de 56% expressam inquietação de que a transformação digital esteja ocorrendo em um ritmo acelerado demais, resultando em dificuldades para acompanhar a rápida adoção de tecnologia. Para mais de um terço desses líderes (34%), a redução do componente humano nos processos é a principal preocupação ao adotar IA, seguida pela apreensão quanto à possibilidade de alimentar preconceitos, ou pelo receio de que a tecnologia seja empregada de maneira irresponsável, injusta ou antiética.

Habilidades e Cultura

O também se debruçou sobre temas relacionados às habilidades de colaboradores e à cultura empresarial. Os resultados mostram que os dois principais desafios que os líderes de talentos preveem enfrentar daqui para frente estão voltados para habilidades, incluindo o aumento da concorrência por competências difíceis de encontrar (34%) e a crescente escassez de habilidades especializadas (32%).

Por isso, o estudo revela que, ao avaliar candidatos, as prioridades dos líderes estão centradas em habilidades: potencial de aprendizado e desenvolvimento (83%), características intelectuais ou de personalidade (80%), e as motivações e aspirações pessoais relevantes para os cargos (80%).

Por fim, um em cada quatro entrevistados expressa o desejo de investir mais na comunicação dos valores essenciais da empresa e na proposta de valor oferecida aos colaboradores.Em seguida, 22% reconhecem a necessidade de promover uma cultura que priorize o bem-estar pessoal – inclusive, 46% afirmaram que continuarão a dedicar a mesma atenção e recursos para implementar o trabalho híbrido e remoto no próximo ano e 42% esperam focar muito mais nessa área do que antes.

“Diversas tendências emergentes convergem rapidamente para mudar a maneira como os talentos enxergam o trabalho e o desempenham. A flexibilidade no trabalho, a crescente lacuna de habilidades, os profissionais de diversas gerações e, agora, a evolução da Inteligência Artificial. Conforme as empresas aprimoram sua capacidade de identificar e engajar profissionais com as habilidades adequadas, elas se posicionam de maneira mais sólida para lidar com os desafios recorrentes da escassez. Além disso, mantêm a cultura organizacional fluida e adaptável às mudanças do mercado e às percepções dos talentos”, conclui Diogo.

Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!

Author Photo
Redação

A redação contempla textos de caráter informativo produzidos pela equipe de jornalistas do IT Forum.

Author Photo

Newsletter de tecnologia para você

Os melhores conteúdos do IT Forum na sua caixa de entrada.