Como a indústria de chips da China planeja lidar com Trump

Diante de sanções, indústria de chips da China busca autossuficiência para enfrentar políticas comerciais de Trump

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1:20 pm - 08 de novembro de 2024
Imagem: Shutterstock

A indústria de semicondutores da China está se adaptando a um cenário desafiador sob a perspectiva de mais quatro anos de governo do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que é marcado por uma postura combativa em relação às relações comerciais com a China. Diante disso, as empresas do setor estão ampliando a compra de equipamentos estrangeiros para fabricação de chips e buscando talentos internacionais e novas alianças para fortalecer sua posição no mercado global.

Uma análise da Reuters mostra que um dos principais objetivos da indústria chinesa é a autossuficiência, reagindo às políticas anteriores de Trump que impuseram sanções a gigantes como Huawei e ZTE, assim como à fabricante de chips SMIC, limitando severamente seu acesso a tecnologias cruciais dos EUA. As sanções, que incluíam restrições a hardware e software, forçaram essas empresas a buscar alternativas e a adaptar suas estratégias de negócios.

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Zhu Jing, secretário-geral adjunto da Associação da Indústria de Semicondutores de Pequim, expressou em uma declaração que as companhias chinesas devem “intensificar seus negócios no exterior e expandir para mais países”.

Ele também mencionou que oportunidades para retomar a importação de certos tipos de chips podem surgir se a coordenação global para impor sanções à China enfraquecer sob a administração Trump.

A Reuters revelou que a busca por talentos também é uma estratégia chave, com Zhu destacando a importância de atrair profissionais internacionais, especialmente se as políticas restritivas à imigração e trabalho dos estudantes e profissionais chineses nos Estados Unidos forem mantidas. “Depois que Trump assumir o cargo, é possível que haja alguns benefícios para o desenvolvimento da indústria de semicondutores da China em termos de talentos profissionais, empresas multinacionais e cooperação estrangeira”, afirmou Zhu.

Desafios e oportunidades

As empresas de semicondutores na China estão, portanto, tentando transformar os desafios em oportunidades, adaptando-se rapidamente às mudanças no cenário político e econômico global. Isso inclui a previsão de um aumento nos controles de exportação e possíveis tarifas que podem ser impostas sob a liderança de Trump, destacando a necessidade de dobrar esforços em direção à autossuficiência.

Um exemplo dessa adaptação é a Jinan Lujing Semiconductor Co, fabricante de chips de segurança e dispositivos de potência, que em seu WeChat enfatizou que “o primeiro mandato de Trump nos fez perceber a importância dos semicondutores e a necessidade de localização”.

A empresa indicou que o caminho para a autossuficiência foi pavimentado pelas circunstâncias desafiadoras enfrentadas sob o governo Trump, preparando a indústria para permanecer resiliente e independente, independente do resultado das eleições.

Alianças de Trump

A estratégia de fortalecer alianças internacionais também é vista como crucial, considerando as futuras políticas de Trump que podem continuar a alienar alguns países e empresas. A indústria de semicondutores da China vê como essencial o estabelecimento de laços mais estreitos com nações e corporações que se sentem marginalizadas pelas abordagens protecionistas e unilaterais dos EUA.

Esta abordagem multifacetada — envolvendo investimento em capacidades internas, expansão internacional, e parcerias estratégicas — demonstra uma reação robusta e proativa da China às políticas comerciais americanas.

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Redação

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