Hackers podem contribuir para ampliação e diversificação de negócios

Pensar hacking atrelado aos negócios pode parecer algo incomum. Por isso, a pergunta de Vitor Fernandes, CEO da Liria Technology e especialista em projetos de Data Science, provoca a reflexão: “Como os hackers estão moldando seu futuro?”. A palestra aconteceu hoje (18/10), no palco Business Techonology do IT Forum Expo 2018.

Empresas e hackers: parceria com potencialidades

Segundo Fernandes, o hacking caracteriza-se por uma mudança de função: essencialmente, o hacker é a pessoa que se apropria de uma tecnologia e a altera para que ela faça outra coisa para a qual não foi inicialmente planejada. Exemplos de hacking incluem adaptação de dispositivos para a própria pele – para realizar funções como abrir portas –, engenharia reversa, utilização de dispositivos preexistentes em determinado hardware para realizar tarefas diferentes em outro hardware e alterações em software para que respondam a demandas inicialmente inexploradas.

São precisamente essas características do hacking que podem ser adaptadas para os negócios, alterando o mindset das empresas. Mais do que isso, entender como e por que existe o hacking pode levar a uma nova abordagem, distante da imagem estereotipada do jovem que “rouba” tecnologias para realizar atividades ilícitas.

“O hacking acontece em todos os setores, e não apenas no de TI, e deve ser levado em consideração na hora de desenvolver um produto porque aponta para finalidades para as quais aquele produto não foi planejado inicialmente, o que pode indicar necessidades e mercados inexplorados”. A aproximação com as ideias de transformação digital, internet das coisas (IoT) e tecnologias disruptivas é evidente.

Segundo Fernandes, que apresentou o projeto de uma tecnologia disruptiva voltada para o ambiente de escritórios, o hacker se mobiliza pela vontade de mudar o que existe, o que demanda conhecimento técnico e flexibilidade, características hoje necessárias às companhias – e que indicam a importância de conhecer exatamente a quais demandas o consumidor realmente quer atender: “A empresa precisa saber as respostas a três perguntas: 1 – você realmente entende por que o consumidor escolheu seu produto? 2 – O que mais ele poderia ter escolhido para resolver seu problema? 3 – O que ele deixou de contratar, já que toda opção feita implica na exclusão de outra?”.

Na busca por essas respostas, os hackers podem, inclusive, ajudar as empresas. “Em hackerspaces, é possível estabelecer diálogo e colaboração e conhecer profissionais a quem um produto ou software pode ser entregue para ser estudado e testado. Isso ajuda a detectar potencialidades não pensadas pelos que o desenvolveram, bem como vulnerabilidades que poderiam comprometer a segurança dos clientes”, finaliza.

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