Gorila apoia-se em desafios de portfólios de investimentos para crescer

Empresa brasileira consolida produtos e mira em diferentes frentes do universo de investimentos

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2:19 pm - 19 de agosto de 2024
Guilherme Assis, cofundador e CEO da Gorila. Foto: Divulgação

Organizar as informações transacionais em diferentes mercados de investimentos é um desafio que foi abraçado pela Gorila, empresa de tecnologia brasileira que nasceu com o objetivo de organizar o mercado de investimentos.

Em entrevista ao IT Forum, Guilherme Assis, cofundador e CEO da Gorila, explica que a companhia tem diferentes áreas de atuação. Em uma delas, há um software para instituições financeiras e advisors no qual a Gorila recebe as informações transacionais de diferentes fontes, como corretoras, B4 e advisors e modela os produtos (que somam centenas de milhares de produtos no Brasil) para que se tornem um portfólio único.

“Esse problema é relevante porque, para o investidor, o que importa é quanto ele ganha, não importa a instituição. A discussão em torno da experiência só é resolvida ao transformar as transações em portfólio”, revela ele.

A outra frente do negócio é entregue ao mercado por meio de uma API para as instituições financeiras que, por sua vez, constroem soluções para seus clientes. Para os assessores, há um produto front-end web e mobile para que eles consigam ver a cartela de clientes, quanto seus clientes estão ganhando e gerar relatórios.

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“Além disso, tem um app no qual somos mais conhecidos pelas pessoas físicas. Nele, ao conectar com a B3, as pessoas podem imputar seus investimentos e acompanhá-los. Nós decidimos fazer isso pois nossa filosofia é de que quanto mais portfólio controlamos, melhor o nosso produto. Isso porque o mercado de investimentos é vivo, tem produtos que estão expirando ou morrendo e sendo criados todo dia. O desafio é ter uma cobertura completa desses produtos. Então quanto mais gente usando, melhor é o nosso produto”, resume Assis.

Para o CEO, o sucesso da empresa está atrelado ao fato de que esse é um problema que se torna cada vez mais relevante, uma vez que o número de produtos aumenta exponencialmente e as pessoas estão diversificando suas carteiras.

“Quanto mais produtos, mais importante é efetivamente resolver esse problema em escala. A dificuldade de consolidação já foi resolvida com o Excel, isso é o que os Multi Family Office faziam com famílias bilionárias. Agora o desafio é como fazer isso em escala. O que queremos proporcionar é a experiência da família bilionária para quem investe menos”, diz ele.

Como resultado, a Gorila já processa diariamente mais de 1,5 milhão de portfólios e tem mais de R$ 200 bilhões em patrimônio consolidado e processado para seus clientes. E a expectativa, segundo Assis, é ter seu recorde de crescimento em 2024 – ainda que ele não abra os números.

Para impulsionar esse resultado, o CEO da companhia aposta também em movimentos de mercado. Um deles é a Resolução 179, definida pela CVM, que dará mais transparência para o mercado de assessoria de investimentos. Com isso, as plataformas serão obrigadas a ser transparentes em relação às comissões recebidas de clientes, oque fomentará o mercado de consultoria.

Além disso, é esperada melhoria na portabilidade de investimentos. “Esse é importante porque fica mais fácil para o cliente ir de uma instituição para outra. É como se fosse quando começou a portabilidade de operadoras de celular”, comenta ele.

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Laura Martins

Editora do IT Forum. Jornalista com mais de dez anos de atuação na cobertura de tecnologia. É a quarta jornalista de tecnologia mais admirada no Brasil, pelo prêmio “Os +Admirados da Imprensa de Tecnologia 2022” e tem a experiência de contribuições para o The Verge.

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