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Google Cloud anuncia solução multicloud que permitirá analisar dados na AWS e Azure

O Google Cloud anunciou nesta terça-feira (14/07) soluções que buscam endereçar um dos grandes calos das organizações que aceleram suas jornadas de transformação digital. Pesquisa recente do Gartner sobre adoção de nuvem apontou que mais de 80% das organizações entrevistadas que utilizam cloud pública usam mais de um fornecedor. Entretanto, com dados distribuídos em servidores locais e nuvens de diferentes provedores, a complexidade aumenta e a eficiência na análise de dados diminui. Os anúncios abrem o Google Cloud Next OnAir 2020 – versão digital do Google Cloud Next, evento realizado anualmente em São Francisco (CA), mas que ganhou programação virtual devido à pandemia do novo coronavírus.

Anunciado nesta terça-feira, o novo BigQuery Omni é a mais nova aposta do Google Cloud para entregar análise de dados independente da nuvem (ou nuvens) que eles habitam. Clientes poderão, então, conectar diretamente seus dados tanto no Google Cloud Platform, quanto na nuvem da Amazon, a AWS, quanto na da Microsoft, a Azure, para que sejam analisados em uma interface única do usuário sem a necessidade de mover ou copiar os dados.

Debanjan Saha, gerente geral e vice-presidente de engenharia do Google Cloud, reconhece o que se tornou um grande problema dos clientes que aceleram seus projetos de digitalização: mover dados entre nuvens diferentes é caro e uma tarefa nada trivial. “O BigQuery Omni fornece às empresas a capacidade de abertura necessária para quebrar silos e criar insights de negócios, sem ter que pagar altas taxas para mover dados a partir de outros provedores de nuvem para o Google Cloud”, promete Saha.

O lançamento do BigQuery Omni, diz Eduardo Lopez, Presidente do Google Cloud para América Latina, é um marco importante na estratégia da companhia. “À medida em que a adoção de nuvens híbridas e multi-cloud se tornam uma regra, as empresas estão procurando cada vez mais por soluções para dados que proporcionem uma experiência consistente e de menor complexidade no uso de várias nuvens, além de permitir a utilização contínua dos investimentos em infraestrutura existentes”, reforça o executivo.

O BigQuery Omni dá sequência a estratégia aberta que o Google Cloud deu início em 2019, quando durante o Next do ano passado, anunciou a sua plataforma Anthos. Na ocasião de seu lançamento, o CEO Sundar Pichai dizia que a ideia por trás do Anthos era permitir a desenvolvedores – escrever uma vez e rodar aplicações em qualquer lugar. Uma promessa para simplificar o desenvolvimento e o desdobramento, operação de aplicações em nuvens híbridas e multicloud. Pense no Anthos como uma ponte entre arquiteturas que seriam, inicialmente, incompatíveis. O BigQuery Omni é suportado pela plataforma Anthos e conta com a interface de usuário do BigQuery.

Segundo o Google Cloud, o BigQuery Omni está disponível no Private Alpha para AWS S3, e terá, em breve, suporte da Azure.

Criptografia para setores altamente regulados

O Google Cloud também anunciou novo portfólio para entregar nova camada de segurança aos dados por meio da Confidential Computing. Segundo a companhia, a oferta consegue criptografar dados em uso, enquanto estes são processados. O Google lembra que já criptografa dados em repouso e em trânsito, entretanto dados dos clientes precisam ser descriptografados para o processamento. Dessa forma, os ambientes que utilizam a solução mantêm os dados criptografados na memória e em outros locais, fora da unidade central de processamento (CPU). A tecnologia, diz o Google, transformará a maneira como as organizações processam seus dados na nuvem e mantêm o controle sobre os mesmos, preservando sua confidencialidade.

A Confidential Computing visa atender clientes em setores altamente regulamentados, como o setor público, assistência médica e serviços financeiros que podem adiar suas migrações para a nuvem pública por temer aspectos de conformidade e segurança. Primeira solução de Confidential Computing do Google Cloud, a Confidential VMs reforça redundâncias sobre tais inquietações. Em versão beta, a Confidential VMs oferece criptografia de memória para que os clientes possam isolar ainda mais as cargas de trabalho na nuvem. Conforme explicação do Google, a solução é de fácil utilização não exige alteração de código nos aplicativos e nem compromete o desempenho.

“No Google, acreditamos que o futuro da computação em nuvem migrará cada vez mais para serviços privados e criptografados, o que dá aos usuários a confiança de estarem sempre no controle da confidencialidade de seus dados. A Confidencial Computing pode abrir espaços que antes não eram possíveis”, comenta Lopez, Presidente de Google Cloud para América Latina.

A Confidential VMs está disponível atualmente na versão beta.

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