Fundação forte é base para sobreviver a tempos incertos
Palestra no Web Summit Rio contou com CEOs de startups dando testemunhos de como passar por crises da melhor maneira possível
Navegar em tempos incertos foi o tema de uma das palestras do primeiro dia do Web Summit Rio. Entretanto, apesar das dificuldades de empreender em um país quase sempre inconstante, como o Brasil, essa pode ser uma oportunidade. Mariana Ramos Dias, CEO e cofundadora do Gupy, resume ao dizer que o momento difícil é quase o normal para os empreendedores brasileiros.
“Nós sempre vivemos um período turbulento, com momentos difíceis. E ter uma fundação forte nos negócios, como mercado relevante, margem relevante, boa receita e uma cartela de clientes, ajuda a se ajustar e passar por períodos mais difíceis”, comenta Tiago Dalvi, CEO e fundador da Olist.
Daniel Scandian, CEO e fundador do MadeiraMadeira, concorda ao dizer que no Brasil, há momento de reflexão e dor por ser um mercado turbulento e difícil. Mas que as empresas devem aproveitar os bons momentos e, nos períodos incertos, fazer o básico bem-feito.
Confira: a cobertura do IT Forum do Web Summit no Rio de Janeiro
“Se você não tem fundações muito fortes, é muito difícil crescer. Em momentos de incerteza, ou seja, quando falta de previsibilidade, como tomar decisões, como alocar o capital, quão disciplinado tem que ser em suas decisões se tornam grandes dúvida. Quando você tem mais capital, eventualmente você pode tomar mais riscos”, diz Tiago.
Para Daniel, a disciplina é necessária quando está tudo bem e quando não está. ”A gente deixa de criar mecanismos e processos que acabam distraindo a gente. O que pode ser feito é olhar para trás, aproveitar esse momento de desaceleração e ver como podemos criar uma fundação ainda melhor para o futuro e não cometer os mesmos erros do passado.”
Por fim, Mariana frisa a importância da cultura em tempos de crises. “Imagina a empresa fala que a cultura é transparência, mas nos tempos difíceis não é transparente. Acabou. Não adianta falar sobre aquele valor se a gente não dá o exemplo. A cultura tem papel fundamental nesses momentos de crise.”
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