Ferramentas gratuitas de descriptografia ajudam vítimas de ataques de ransomware; veja

Com mais de 121 ferramentas gratuitas de descriptografia, projeto No More Ransom já evitou que mais de US$ 1 bi fosse pago a cibercriminosos

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10:55 am - 27 de julho de 2021

As chaves de descriptografia disponíveis no repositório do projeto No More Ransom já ajudaram mais de seis milhões de pessoas a recuperar seus arquivos e dados gratuitamente em cinco anos de história. Isso evitou que criminosos ganhassem quase um bilhão de euros com ataques de ransomware.

O projeto, fundado pela Europol, a Unidade Nacional de Crimes de Alta Tecnologia da polícia da Holanda, o Centro Europeu de Crimes Cibernéticos da Europol, e as empresas de segurança Kaspersky e McAfee completou cinco anos nesta semana. Atualmente, o projeto oferece 121 ferramentas gratuitas capazes de descriptografar 151 famílias de ransomware e reúne 170 parceiros dos setores público e privado. Tudo isso disponível em um portal em 37 idiomas.

O ‘Crypto Sheriff’ do site permite que os usuários carreguem arquivos criptografados para ajudar a identificar de qual tipo de ransomware eles foram vítimas e, em seguida, os direciona para uma ferramenta de descriptografia gratuita, se houver uma disponível.

“Juntos, faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para interromper os esquemas de ganhar dinheiro dos criminosos e devolver os arquivos aos seus legítimos proprietários, sem que estes tenham que pagar muito dinheiro”, diz a declaração de missão no site No More Ransom.

O projeto já permitiu que seis milhões de pessoas recuperassem seus arquivos e evitou que as vítimas pagassem pouco mais de € 900 milhões, ou pouco mais de um bilhão de dólares, para cibercriminosos.

Um novo site do No More Ransom foi lançado recentemente para marcar o quinto ano do projeto. Mais amigável, a nova página do Crypto Sheriff oferece informações atualizadas sobre ransomware, bem como conselhos sobre como prevenir uma infecção por ransomware, como a inclusão de backups regulares dos dados e a autenticação multifator de redes corporativas e os serviços de protocolo de desktop remoto.

O No More Ransom também sugere que o software e os sistemas operacionais sejam mantidos atualizados com os patches de segurança mais recentes, para impedir que os criminosos cibernéticos explorem vulnerabilidades conhecidas que os ajudam a realizar ataques de ransomware, diz a publicação.

Além disso, o projeto recomenda que, em caso de interrupção causada por um ataque de ransomware, as vítimas não paguem pelo resgate.

“Se o resgate for pago, isso prova aos cibercriminosos que o ransomware é eficaz. Como resultado, os cibercriminosos continuarão suas atividades e buscarão novas maneiras de explorar sistemas que resultem em mais infecções e mais dinheiro em suas contas”, disse o conselho do No More Ransom.

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