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Fabricante investe em acesso ao ERP via Google Glass

O Google Glass ainda não está à venda no País, mas diversos desenvolvedores já trabalham em projetos encomendados por empresas. E é justamente esse tipo de projeto que você confere nesta segunda reportagem da série especial que apresentamos nesta semana sobre tecnologias móveis.
De acordo com Walmir Scaravelli, sócio-fundador e diretor comercial da Mega Sistemas Corporativos, durante reuniões de equipe foi identificada a necessidade de encontrar uma forma de oferecer ao funcionário que estivesse com suas mãos ocupadas, ou que não pudesse utilizá-las em virtude da execução de alguma atividade, acesso a informações relevantes que estivessem no ERP da companhia para que ele pudesse desempenhar suas funções. Com isso em mente, em parceria com a Geomob, a provedora começou a desenvolver uma solução compatível com o Google Glass.
“Pensamos naquele executivo que está fazendo uma caminhada e quer identificar informações da sua empresa, o que o pessoal fará durante o dia, qual é a posição de material, a posição financeira das aplicações”, exemplifica. Segundo o empresário, é possível conversar com o aparelho por meio de um microfone, com este recurso, é possível inserir perguntas padronizadas que irão trazer os resultados desejados, desde que elas estejam disponíveis no ERP.
“Será possível analisar uma aplicação financeira, a quantidade de um determinado produto em estoque. Também poderá ser muito funcional para um vendedor que esteja caminhando para uma reunião consultar informações sobre aquele cliente”, pontua.
Como o ERP da companhia também atende empresas de logística, transporte e armazenamento, é possível que um funcionário que esteja dirigindo uma empilhadeira, por exemplo, identifique onde o produto deve ser armazenado apenas ao visualizar o código de barras ou QR Code. Outro uso que pode ser feito é em uma fábrica, onde normalmente são feitos apontamento de produção.
“Às vezes, o funcionário que está produzindo uma peça pode estar com luvas grossas ou com a mão suja de graxa, impossibilitando o acesso a um teclado, mouse e até mesmo um tablet. Então, ele pode só dar comandos de voz e olhar para os códigos de barra e ir dizendo o que ele está fazendo, de forma detalhada, e o sistema automaticamente consegue conferir o que ele está produzindo e o processo utilizado.”
Desenvolvimento

Segundo Christian Gallasch, diretor de tecnologia da Geomob, o desenvolvimento da aplicação começou em novembro de 2013 e terminou em fevereiro deste ano, com aproximadamente R$ 100 mil investidos para deixar tudo operando perfeitamente. Porém, por se tratar de uma tecnologia que ainda não está disponível no mercado, alguns desafios precisaram ser superados pela equipe.
“Nós estávamos trabalhando com uma tecnologia que não está disponível, então a cada semana ela passa por uma atualização, uma mudança de perfil dentro da plataforma, mudanças de conceito. A gente tem que ir evoluindo junto com eles”, ressalta. Identidade visual e a disposição de informações na tela do Glass também foram apontados como desafios. “A parte mais difícil foi encontrar uma forma de mostrar a informação na tela, que é pequena, visto que estamos acostumados a mostrar a informação no celular e no desktop.
Então, a gente tem que diminuir toda essa informação e fazer com que ela seja apelativa visualmente em uma tela pequena”, avalia.
Segurança das informações
Quando as novas tecnologias surgem, muitas companhias relutam em aderir logo no início por temer problemas com a segurança dos dados. As empresas se preocupam com o vazamento de informações que poderiam prejudicar a operação. Algo que também aconteceu quando começou a popularização dos smartphones e depois dos tablets.
“Estamos trabalhando na questão da segurança a partir das próprias medidas de segurança do Google Glass. De acordo com o que foi apresentado no último evento do Google, será possível integrar o óculos ao smartphone, de forma que ele irá desbloquear as informações no wearable desde que você esteja próximo ao celular”, detalha Gallasch.
De acordo com Scaravelli, se a empresa entender que quem está utilizando o device tem liberação para acessar informações sem pedir senha ou autorização, isso será livre. Entretanto, se a empresa entender que pra cada operação é necessário dar um código, senha ou até mesmo um comando de voz, existe tem uma série de APIs que permitem atender esse tipo de demanda.

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