EUA proíbem uso de soluções da russa Kaspersky Lab em computadores do governo

O governo norte-americano ordenou a retirada e proibição de qualquer solução da empresa russa de cibersegurança Kaspersky Lab nos computadores do governo. A orientação do Departamento de Segurança Nacional (Department of Homeland Security – DHS) dos EUA foi motivada pela suspeita de ligação da fabricante em operações de ciberespionagem da Rússia. As informações são do jornal Washington Post.

As preocupações com a Kaspersky são de longa data. O FBI, auxiliado por agentes norte-americanos, têm investigado se executivos da companhia estão trabalhando com militares russos de inteligência. O FBI também investiga se o software da Kaspersky contém brechas que podem permitir o acesso da inteligência russa aos computadores.

Segundo o jornal The New York Times, a Elaine C. Duke, secretária em exercício do DHS, ordenou que as agências federais desenvolvessem planos para remover o software Kaspersky dos sistemas governamentais nos próximos 90 dias.

O que diz a empresa

Procurada pelo IT Forum 365, a Kaspersky Lab negou ter vínculos inadequados com nenhum governo e, por isso, a empresa está desapontada com a decisão do DHS. Segundo nota divulgada pela companhia, “nenhuma evidência credível foi apresentada publicamente por qualquer pessoa ou qualquer organização, uma vez que as acusações são baseadas em falsas alegações e suposições imprecisas, incluindo as reivindicações sobre regulamentos e políticas russas que afetam a empresa. A Kaspersky Lab sempre reconheceu que fornece produtos e serviços adequados aos governos de todo o mundo para proteger essas organizações de ameaças cibernéticas, mas não possui laços ou afiliações antiéticas com nenhum governo, incluindo a Rússia.”

Ainda, a empresa diz que mais de 85% de sua receita vem de fora da Rússia, “o que demonstra ainda que trabalhar de forma inadequada com qualquer governo seria prejudicial para a linha de fundo da empresa.”

“A Kaspersky Lab nunca ajudou, nem ajudará, nenhum governo no mundo com ciberespionagem ou esforços cibernéticos ofensivos, e é desconcertante que uma empresa privada possa ser considerada culpada até comprovar inocência, devido a problemas geopolíticos. A empresa espera trabalhar com o DHS, já que a Kaspersky Lab acredita fortemente que um exame mais aprofundado da empresa comprovará que essas alegações são infundadas”, finalizou a nota.

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