As redes sociais como fontes de informações dão mais força para movimentos como o dos “sommelier de vacinas”, uma vez que facilitam o compartilhamento de fake news, influenciando a meta de vacinação no Brasil, segundo a pesquisa Delfos Vacinas, feitas pela Ilumeo, consultoria de Data Science, em parceria com a Sociedade Brasileira de Virologia (SBV). Segundo o estudo, WhatsApp e Youtube são as principais fontes de informação das pessoas sobre a vacina durante a pandemia, com 70% e 66% dos entrevistados se informando por esses meios, respectivamente, seguido do Instagram com 56%.
Em último lugar estão os jornais e revistas impressos com 7%. Porém, os entrevistados que não se informam por meios credíveis de informação têm uma maior preferência e rejeição por determinadas marcas. AstraZeneca e CoronaVac se desenvolvem melhor, 48% e 37% respectivamente, que Janssen e Pfizer, 3% e 12% respectivamente, ao passar de conhecimento superficial para o mais profundo.
“Esse estudo pretende alertar a associação entre o aumento da desinformação e a lentidão da cobertura vacinal. Embora seja uma porcentagem muito pequena de pessoas que se recusam a vacinar, essa realidade existe. Com a informação correta garantimos a manutenção da saúde de todos. A melhor vacina contra a covid é aquela que vai no braço”, ressalta o sócio e head da Ilumeo, Otávio Freire.
A maior parte da amostra (86%) afirmou usar o WhatsApp em alta frequência para atualização. O aplicativo é uma forma passiva de receber informações e, quando seu uso não é acompanhado pela verificação dos fatos em uma fonte com credibilidade, facilita a difusão de notícias falsas e incompletas.
A pesquisa revelou, ainda, que 89% dos respondentes que não rejeitavam nenhuma das vacinas utilizavam do WhatsApp como fonte de informações sobre a pandemia, enquanto 82% usavam os sites de notícias. Contudo, conforme se dava o aumento da frequência da atualização nesses canais, mais resistente o usuário se tornava para alguma das vacinas disponíveis. Enquanto para os usuários de WhatsApp esse valor caiu para 82% conforme a frequência aumentou, o número daqueles que não rejeitavam nenhuma vacina e utilizavam os sites de notícias caiu apenas 2%.
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