Estudo: 5G pode facilitar metas de mudança climática dos EUA até 2025

Segundo levantamento da Accenture, 5G terá potencial significativo de redução de carbono com indústrias otimizadas pela conectividade

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3:55 pm - 24 de fevereiro de 2022
Imagem: Shutterstock

A conectividade 5G terá papel fundamental para endereçar as mudanças climáticas. No caso dos Estados Unidos, estimativas apontam que casos de uso com habilitação do 5G podem contribuir com até 20% das metas de redução das emissões de CO2 do país até 2025 estipuladas pela administração Biden.

Estudo da Accenture, encomendado pela CTIA, associação do setor de comunicações sem fio dos EUA, mostra que o uso das redes 5G possibilitará a redução adicional de 330,8 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono equivalente (MMtCO2e) em três anos. Resultado semelhante seria obtido se fossem retirados 26% dos veículos de passageiros em circulação nos EUA por um ano – algo em torno de 72 milhões de veículos.

“O estudo reforça que as redes 5G sem fio dos EUA serão fundamentais para enfrentarmos o desafio premente das mudanças climáticas”, afirma Meredith Attwell Baker, presidente e CEO da CTIA. “O setor de comunicações sem fio dos EUA está empenhado na construção de uma plataforma 5G capaz de acelerar os investimentos e inovações necessários para atender os objetivos climáticos do país”.

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O estudo analisou 31 casos de uso de 5G em cinco verticais da indústria: transporte e cidades, manufatura, energia e edifícios, agricultura e trabalho, moradia e saúde.

Em Transporte e cidades, o uso do 5G poderia atuar na redução nos índices de congestionamento, tempo de parada dos veículos nos sinais e ao estacionar, otimização de rotas e o aumento na adoção e na variedade de opções mais sustentáveis, como o transporte público. A descarbonização nesta vertical é equivalente ao carbono sequestrado por 106 milhões de acres (algo em torno de 430 mil quilômetros quadrados) de florestas dos EUA em um ano.

Já a aplicação do 5G na vertical de manufatura pode aprimorar a gestão de inventário, monitoramento de ativos em tempo real, manutenção preditiva, aumento de processos e prevenção de viagens. A descarbonização advinda apenas da gestão de inventário até 2025 equivale à remoção das emissões de CO2 de 17 usinas a carvão em um ano, ressaltou o estudo.

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Na vertical de energia e edifícios, entre as possibilidades para o 5G estão o monitoramento em tempo real do aumento do uso de energia, medidores inteligentes e redes inteligentes e microrredes renováveis. Neste caso, a descarbonização até 2025 seria equivalente à remoção das emissões produzidas pelo consumo de energia elétrica de 12 milhões de lares em um ano.

“O estudo mostra que as redes 5G podem reduzir significativamente a pegada de carbono do país”, explica Peters Suh, líder do setor focado em Comunicação e Mídia na América do Norte da Accenture. “Precisamos compreender de que forma os diferentes setores podem usar as redes 5G cloud-first a fim de trazer uma inovação ainda maior aos principais processos operacionais. Por meio da educação e de algumas mudanças no ecossistema, as organizações podem colher os benefícios climáticos do 5G, da nuvem pública até a borda”.

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