O esquecimento do G, nos projetos de ESG, pode ser um risco crescente para as corporações?
A atualização dos riscos é realizada de forma estática, sem a tempestividade que a dinâmica dos negócios impõe
Com 22 anos de experiência dedicados a tecnologia da informação na área GRC e mais de 100 projetos implantados em empresas que representam 90% do PIB nacional. Aprendemos que, mesmo nas grandes corporações, a maturidade na mitigação dos riscos corporativos ainda é um longo caminho a ser trilhado.
Mais de 50% das corporações de médio e grande porte do Brasil atualizam os seus riscos estratégicos uma vez por ano, ou menos, conforme foi apresentado na 3ª edição da pesquisa da KPMG, a respeito da maturidade do processo de Gestão de Riscos no Brasil.
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Embora as grandes corporações tenham processos maduros, a atualização dos riscos é realizada de forma estática, sem a tempestividade que a dinâmica dos negócios impõe. Apesar da pandemia ter obrigado muitas empresas a atualizarem os mapas de riscos, é crucial reconhecer que houve transformações significativas desde então, como eleições no Brasil, duas guerras simultâneas uma na Europa e Oriente Médio, novas regulações ligadas a sustentabilidade, além de diversos eventos climáticos extremos no Brasil e no mundo. Portanto, é imperativo manter um processo de mapeamento contínuo e monitoramento constante. O que muitas empresas enfrentam, mesmo possuindo um sistema maduro, é a ausência de uma metodologia, e ou uma deficiência no programa de atualização regular da matriz de riscos. Esta falta de atualização é problemática, uma vez que os negócios estão em constante evolução e demandam uma abordagem dinâmica.
Os impactos da falta de governança corporativa
- Repercussões na Reputação da Empresa: A ausência de governança corporativa tem efeitos extremamente prejudiciais, afetando a reputação da organização.
- Impacto no Desempenho Financeiro: A falta de governança também pode impactar negativamente o desempenho financeiro da empresa.
- Relacionamento com o Mercado e a Sociedade: A falta de governança afeta o relacionamento da empresa com o mercado e a sociedade, minando a confiança de todas as partes interessadas.
Por isso, a Governança é tão importante e aliada às boas práticas, como COSO ERM 2017 e a tecnologia, serão capazes de garantir uma mitigação eficaz e uma avaliação contínua. As empresas não podem simplesmente se dar por satisfeitas por terem apenas a matriz de risco com uma fotografia do passado, minimizando a utilização desta fundamental ferramenta de gerenciamento que permite aos gestores uma visão ampliada sobre as potenciais ameaças e a real exposição aos riscos nas empresas, onde a tecnologia e um processo eficiente de monitoramento contínuo, com base em KRI atualizados e confiáveis, permitem alcançar a tempestividade necessária.
Por que vemos nos últimos anos tantos eventos de riscos catastróficos se materializarem sucessivamente? As causas são diversas, mas certamente a falta de tempestividade da matriz de riscos é uma delas. Percebemos, também, que há uma certa negligência por parte dos gestores ao se acomodarem com seus riscos e planos de ação para a devida mitigação.
Adotar um comportamento de análise contínua favorece as empresas a uma assertividade do melhor cenário em que estão inseridas, possibilitando a identificação das ameaças pertinentes de forma preventiva. Não adianta ter um processo maduro e uma matriz de riscos com a foto do passado.
A perfeita integração do GRC com os aspectos ESG, potencializam e integram uma nova era de Governança Corporativa que chamamos de ESGRC, traz às empresas um diferencial competitivo, elevando o patamar de transparência e segurança para os negócios, permitindo às empresas acessarem informações em tempo real e monitorar os processos com eficiência, garantindo a conformidade com as melhores práticas.
Com a implementação do ESGRC, as empresas avançam frente à concorrência, mitigando riscos e demonstrado compromisso com o futuro do planeta e da sociedade.
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