Ericsson, Claro, Embratel, Qualcomm e WEG testam 5G no setor industrial

Projeto busca demonstrar potencial em plantas industriais de redes 5G implementadas e gerenciadas por uma operadora

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7:19 pm - 12 de agosto de 2021
5g Fábrica de motores da WEG (Créditos: Reprodução)

A WEG, empresa de equipamentos eletroeletrônicos, apresentou nesta quinta-feira (12) os resultados da aplicação do 5G em sua fábrica localizada em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. O projeto-piloto, nomeado como “Open Lab WEG/V2COM”, também contou com a participação da Claro, Ericsson, Embratel, Qualcomm e Motorola.

A iniciativa visa testar a aplicação da tecnologia 5G em redes privativas para uso industrial por meio do uso da frequência de 3,5GHz, concedida a Claro pela Anatel com licença de uso científico. O objetivo é endereçar os desafios de operação industrial que exigem baixa latência e rede confiável envolvendo capacidades de network slicing e edge computing.

O desempenho de aplicações IoT e a conexão de dispositivos com a rede celular 5G serão avaliados com base na velocidade de dados e latência mais adequados a cada caso de uso. Paralelamente, serão realizados restes da faixa de frequência sub-6 (3.5 GHz).

Entre os casos de uso desenvolvidos pela WEG estão aplicações nas áreas de IoT, robótica e smart devices, como automação de injetoras via controle remoto digital de parametrização e atividades, automação do controle de robôs de logística por rede 5G e robôs de inspeção para linha de produção automatizada, com transmissão de informações em tempo real.

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Eduardo Polidoro, diretor de IoT da Claro, destaca que o setor industrial enfrenta desafios em diversas aplicações que podem ser solucionadas com o 5G. “Aa mudança de layouts produtivos os sensores sem fio são muito mais flexíveis, na utilização de CLPs ou na supervisão com softwares Scada, a programação pode ser muito mais rápida, barata e flexível com a utilização das linguagens de programação abertas”, frisou.

O projeto foi viabilizado pelo Acordo de Cooperação Técnica assinado entre a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A proposta é testar a aplicação da tecnologia 5G em redes privativas para uso industrial.

A infraestrutura 5G utilizada no piloto será disponibilizada e implementada pela Ericsson. Já os dispositivos protótipo e módulos 5G são alimentados pela solução 5G de modem para antena da Qualcomm Technologies, o Snapdragon X55 5G Modem-RF System que suporta virtualmente a combinação de bandas e operação 5G.

“A IoT industrial está passando por uma grande transformação que permitirá benefícios como manufatura flexível, manutenção preditiva e maior eficiência em geral. O 5G levará essa transformação, também conhecida como ‘fábrica do futuro’ ou Indústria 4.0, para o próximo nível”, destacou José Palazzi, diretor de vendas sênior da Qualcomm Serviços de Telecomunicações sobre a parceria.

Para Adriano Pires, diretor de vendas da Embratel, o 5G será uma tecnologia fundamental para elevar as operações das empresas. “Este projeto, além de servir como base para soluções de automação industrial, fornecerá grande ajuda à Anatel com informações sobre uso do 5G em variadas frequências”, concluiu.

Fases de implementação

Claro, Embratel e Ericsson estabeleceram diferentes topologias para o piloto na fábrica da WEG, para serem entregues em três fases de projeto. Atualmente, o projeto está na fase 1, que usa serviço 5G non stand alone NSA suportado por infraestrutura provida com políticas de nível de serviço igual a de todos os clientes banda larga (APN e QoS) padrão da Claro.

Na fase 2, será disponibilizado serviço 5G NSA também suportado por infraestrutura provida pela operadora, porém com a introdução de mecanismos de diferenciação de serviços, fornecidos pela Embratel, tais como APN dedicada e níveis de QoS diferenciados para cada tipo de caso de uso a ser experimentado pela WEG.

Por fim, na fase 3, ocorrerá a introdução do serviço 5G Standalone (5GSA) com infraestrutura parcialmente dedicada, utilizando os elementos de rede da operadora, com incorporação de uma instância de Core User Plane Function (UPF) próximo ao ambiente da fábrica para redução de latência. A arquitetura 5GSA possibilitará a introdução de mecanismos de network slicing para assegurar a experiência necessária para rodar os casos de uso de Industria 4.0.

“Nós realmente acreditamos nesse modelo de negócios adotado pela Ericsson para ajudar a Claro e a Embratel a criar uma cadeia de valor que vai da matéria-prima ao uso, a cadeia de valor toda conectada”, explica Tiago Machado, Vice Presidente de Negócios da Ericsson.

 

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