5G Americas: atribuição de espectro para 4G e 5G na América Latina está atrasada

Estudo da 5G Americas considera critérios da UIT e mostra crescimento de apenas 3,5% ao ano na região. Pandemia atrapalhou o processo

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4:11 pm - 12 de agosto de 2021
open RAN Foto: Shutterstock

O espectro atribuído para serviços móveis de telecomunicações na América Latina atingiu 406 MHz em volume médio até julho de 2021 – a média regional se baseia em uma amostra de 18 países. O montante representa 20,7% do recomendado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) para 2020 e 31,2% do recomendado para 2015, segunda a edição de 2021 de um estudo da 5G Americas.

Resumindo em poucas palavras: a América Latina está atrasada em termos de atribuição de espectro para serviços móveis e são um obstáculo para o lançamento e o bom funcionamento do 5G.

“Essas redes requerem espectro em bandas baixa, média e alta para seu bom desempenho. Neste momento, apenas o Chile atribuiu bandas altas ou milimétricas na região. Neste contexto, é necessário controlar as expectativas e entender que a adoção da 5G na América Latina será gradativa, inicialmente com foco nos setores produtivos da economia para depois, dentro de 4 a 6 anos, começar a ver sua massificação entre os usuários móveis em cada mercado”, diz Jose Otero, vice-presidente para a América Latina e Caribe da 5G Americas.

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Dentre os mercados analisados, metade (nove) licenciou 400 MHz ou mais para serviços móveis; quatro o fizeram com mais de 300 MHz e menos de 400 MHz e o restante (cinco) atribuíram menos de 300 MHz. Esta distribuição é igual à medida na edição anterior do relatório (2020), mas a diferença de capacidade entre os casos com mais e menos espectro atribuído foi ampliada de 398,4 MHz para 459,4 MHz, visto que em um dos mercados (Chile) foi atribuída nova capacidade por meio do “concurso 5G” (modelo de leilão) de 2020-2021.

O Chile lidera em termos de espectro atribuído, com 670 MHz. O Brasil vem em seguida com 609 Mhz.

Durante 2020, vários processos de alocação de espectro na América Latina acabaram atrasados devido ao impacto da pandemia na região: no Chile começaram no final de 2020; no Brasil, o “leilão 5G” deve começar no segundo semestre de 2021; no México a previsão é a mesma do Brasil. No Peru e na República Dominicana foram publicados editais de licitação.

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