Einstein inaugura centro de inovação em Manaus

Unidade terá objetivo de impulsionar equidade em saúde na região Norte

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1:15 pm - 22 de abril de 2024
Foto: Ravena Rosa, Agência Brasil

O Hospital Israelita Albert Einstein inaugurou na semana passada um centro de inovação em Manaus, capital do Amazonas. O espaço, segundo a instituição, deverá desenvolver pesquisas e tecnologias que melhorem o acesso e a qualidade da saúde oferecida no Brasil, mas com foco nas necessidades locais.

A unidade terá como foco projetos de inteligência artificial, telemedicina e big data, e aproveita incentivos oferecidos pela Lei da Informática na Amazônia (8.387/1991). A estrutura também vai investigar impactos das mudanças climáticas na saúde, em especial em comunidades remotas e vulneráveis; e na promoção do empreendedorismo em saúde, com incentivo à criação de startups e projetos em saúde.

“Temos como compromisso contribuir continuamente para ajudar a superar o desafio de ampliar o acesso à saúde de qualidade para uma parcela maior da população”, afirma Sidney Klajner, presidente do Einstein. “O Centro estará focado, entre outros projetos, em desenvolver soluções inovadoras que reduzam iniquidades.”

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É o quarto Centro de Inovação do Einstein no País – São Paulo (SP) e Goiânia (GO) detém os outros três. Manaus foi escolhida, segundo o hospital, pelo potencial de desenvolvimento tecnológico e pela “bioeconomia”, com oportunidades para inovações que aproveitem a intersecção entre biodiversidade e saúde humana.

“Ao estabelecer mais um centro, não apenas alavancamos a abrangência do nosso ecossistema de inovação, mas o conectamos com os potenciais desenvolvimentos ligados à biodiversidade local e à sua conservação”, diz Henrique Neves, diretor geral do Einstein.

Projetos em desenvolvimento

Segundo o Einstein, a nova estrutura na região Norte busca enfrentar desafios característicos da região e conectados a, por exemplo, a falta de médicos especialistas e às complexidades socioeconômicas e geográficas que dificultam o acesso à assistência.

Por exemplo o índice de mortalidade materna, que segundo o Relatório Luz da Sociedade Civil da Agenda 2030 foi de 150 mortes para cada 100 mil mulheres em 2021.

Segundo documento, esses óbitos ocorreram principalmente por conta de problemas crônicos como a baixa qualidade pré-natal, falta de leitos e dificuldade de acesso. “Nesse sentido, o Centro do Einstein em Manaus chega para desenvolver projetos que visam abordar os desafios enfrentados pela população regional”, diz Rodrigo Demarch, diretor executivo de Inovação do Einstein.

Uma das ações em Manaus é um projeto de telemedicina voltado para a identificação precoce de casos de gravidez de risco. O sistema analisa informações e queixas da paciente e, por meio de IA generativa, faz sugestões de perguntas para ajudar o profissional que estiver conduzindo o atendimento. O projeto recebe fomento da Fundação Bill e Melinda Gates.

Entre as IAs testadas, há modelos sendo treinados com base em um banco de informações científicas, como protocolos e guia de boas práticas assistenciais, selecionados por especialistas da organização. A ferramenta é usada um contexto de pesquisa, e o projeto está em andamento desde setembro de 2023.

Com aporte do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), outra ação envolve a criação de um algoritmo de diagnóstico de leishmaniose. A ferramenta utiliza fotos de lesões de pele, facilitando o acesso ao rastreio da doença em áreas remotas. A pesquisa será realizada com apoio da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, de Manaus.

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Redação

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