Eficiência energética lidera preocupação das energytechs brasileiras

Mais de 20% das 252 startups de energia ativas no Brasil se preocupam com eficiência, revela levantamento da Liga Ventures

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3:26 pm - 22 de julho de 2024
Imagem: Shutterstock

O Brasil tem ao todo 252 startups ativas que atuam no setor de energia, as chamadas energytechs, e a maioria delas oferece soluções que buscam melhorar a eficiência energética. É o que revela um estudo lançado recentemente pela Liga Ventures, rede de inovação aberta com atuação na América Latina, e que mostra a evolução das startups do setor no País.

O levantamento divide essas empresas em 11 categorias distintas. A maior delas é justamente eficiência energética, com 20,24% do total, seguida de geração compartilhada (15,08%); data analytics (12,3%); sustentabilidade (11,51%); gestão de consumo (9,52%); e-mobilidade (9,13%); comercialização e financiamento de energia (8,33%); gestão de equipes e operações (5,16%); novos equipamentos (3,97%); inspeção por imagem (2,78%) e baterias (1,98%).

Cerca de 16% dessas empresas foram criadas entre 2020 e 2023.

Segundo a Liga Ventures, entre janeiro de 2023 e junho de 2024 foram realizados 22 deals nesse setor, movimentando cerca de R$ 680 milhões.

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“O setor dobrou em quantidade de startups entre 2016 e 2022, e tem apresentado uma média consistente e interessante de deals desde 2020, provando que é atrativo e com potencial de crescimento”, diz Guilherme Massa, cofundador da Liga Ventures. “O que era há anos um mercado fechado para novos entrantes tem se tornado um espaço de oportunidades para novas empresas”.

Para Massa, o Brasil é um país em que energia é um tema na pauta “do governo, do órgão regulador, das empresas e dos empreendedores”, e que por isso é “provável que ainda vejamos muita inovação surgindo.”

Tendências

O estudo mostra que 25 das startups analisadas aplicam inteligência artificial em suas soluções com o intuito de detectar perdas não técnicas, desagregação do consumo de energia, gestão de recursos de energia distribuídos, atendimento ao consumidor, recarga inteligente de veículos elétricos e manutenção preditiva e previsão de falhas.

O levantamento traz ainda as regiões com maior distribuição de startups ativas. No primeiro lugar do ranking está São Paulo (37%); seguido de Santa Catarina (12%); Minas Gerais (11%); Rio de Janeiro (10%); Paraná (9%), Rio Grande do Sul (7%), Distrito Federal (4%), Ceará (2%), Espírito Santo (2%) e Pernambuco (2%).

Em termos de maturidade das energytechs mapeadas, 34% são emergentes, 35% estão estáveis, 20% são nascentes e 10% são disruptoras. Com relação às tecnologias mais aplicadas, destacam-se Data Analytics (39%), Inteligência Artificial (30%), Mercado Livre de Energia (21%), Machine Learning (21%) e Veículos Elétricos (20%).

Já referente ao público-alvo, o estudo mostra que 60% das startups têm como foco o mercado B2B.

O estudo usa dados da ferramenta Startup Scanner, criada pela Liga Ventures para identificar e acompanhar dados de startups do Brasil e da América Latina. O objetivo é conectar grandes empresas, pesquisadores e empreendedores.

O estudo completo pode ser lido nessa página.

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Redação

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