Dragão: conheça o supercomputador da Petrobras, o maior da América Latina

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4:45 pm - 19 de julho de 2021
Foto do Dragão, supercomputador da Petrobras de R$ 100 milhões que fica em Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio de Janeiro

São 20 toneladas de equipamentos distribuídos em oito fileiras que, somadas, alcançam 34 metros de comprimento linear. Dentro das máquinas, 200 terabytes de memória RAM e processadores suficientes para igualar a capacidade combinada de quatro milhões de smartphones ou cem mil laptops. Esse é o tamanho do Dragão, o mais recente (e poderoso) supercomputador da Petrobras.

O processo de montagem durou cerca de três meses, seguido por um período de instalação de softwares e operação assistida. Foram necessários dez caminhões para transportar as partes do supercomputador, que está em operação oficialmente desde o começo de junho.

Ele supera os dois maiores HPCs (sigla em inglês para computação de alto desempenho) da América Latina, o Atlas e o Fênix – ambos também pertencem à Petrobras. Segundo a Atos, parceiro responsável pela montagem do equipamento, o Dragão é 46º mais potente do mundo, enquanto o Atlas é o 94º.

(Se você ficou se perguntando quem lidera a lista, é o Fugaku, supercomputador da Fujitsu inaugurado em 2021 e montado no Instituto Riken, no Centro de Ciência Computacional de Kobe, Japão. Sozinho ele supera a capacidade computacional somada de todos os 10 supercomputadores a serviço da Petrobras, segundo o ranking Top500.)

Desde 2018 a Petrobras investiu cerca de R$ 300 milhões em HPC, sendo um terço (R$ 100 milhões) o custo apenas do Dragão. No total a expectativa é que todos os equipamentos da empresa entreguem até o fim de 2021 cerca de 40 petaflops de capacidade, sem contar o uso de nuvem.

Tanta capacidade serve principalmente para processar dados geofísicos, reduzindo riscos geológicos e operacionais relativos à extração de petróleo, além de dar suporte a projetos estratégicos da empresa. O Dragão utiliza algoritmos desenvolvidos por geofísicos e analistas de sistemas da Petrobras para processar um volume gigantesco de dados. A partir deles são geradas imagens das camadas de pré-sal abaixo da superfície do fundo do mar e cogitadas para exploração de petróleo e gás natural.

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