Deepfakes ameaçam dados bancários na América Latina, alerta iProov
Estudo destaca uso crescente de identidades sintéticas para burlar sistemas de segurança. Brasil lidera ranking regional de fraudes de identidade
Os deepfakes, que utilizam inteligência artificial e técnicas de aprendizado profundo para criar falsas imagens, vídeos e áudios com qualidade ultrarrealista, agora estão se tornando métodos de ataque para obter acesso não autorizado a aplicativos bancários. O alerto feito pela iProov, empresa de tecnologia de autenticação, destaca a crescente ameaça de mídia sintética injetada digitalmente para bancos da América Latina.
Esses ataques são ainda mais nocivos, de acordo com o estudo, pois são difíceis de detectar e altamente escaláveis, tornando-os atraentes para os fraudadores. Além disso, eles estão sendo compartilhados e testados em várias partes do mundo, seja pela própria organização criminosa ou por meio de uma ‘economia do crime como serviço’.
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O estudo também chama atenção para o fato de que os humanos não são habilidosos em detectar falsificações profundas. Embora 57% dos usuários no mundo acreditem que podem detectar com sucesso deepfakes, a pesquisa mostra que apenas 24% o fazem de forma eficaz.
Estima-se que, atualmente, 20% da receita online dos bancos na região é perdida devido a fraudes, e o Brasil ocupa a o primeiro lugar na América Latina, com perdas avaliadas em R$ 60 bilhões anuais por crimes relacionados a roubo de identidade.
Segundo a iProov, para combater esse aumento de transações fraudulentas, muitas instituições financeiras estão adotando a verificação biométrica remota exclusiva a fim de assegurar a identidade de clientes desconhecidos, durante o processo de integração e de autenticação de transações biométrica. No entanto, muitas soluções de prova de vida não oferecem defesa ante ataques de deepfakes injetados digitalmente.
“Uma biometria única, que garanta tanto a prova de vida quanto a de que o usuário é uma pessoa real, verificada em tempo real, é essencial na estratégia de defesa dos bancos contra falsificações profundas”, destaca o estudo.
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