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Dados como aliados em meio à crise do coronavírus

À medida que a pandemia de coronavírus continua a se espalhar, empresas e órgãos do setor público enfrentam o grande desafio de proteger a saúde de seus funcionários e, ao mesmo tempo, manter a eficácia operacional de seus programas de prevenção e atendimento.

Vou me ater aqui, principalmente, às entidades da área de saúde, que precisam tomar medidas proativas para reduzir o impacto da pandemia em suas operações, que são fundamentais para o bom andamento do atendimento à população. Porém, vale ressaltar que isso também se estende às empresas em geral.

Licença médica, trabalho remoto, viagens restritas, atividades canceladas e outras implicações podem, involuntariamente, colocar programas e operações críticas em risco. Por isso, é fundamental que as agências governamentais, hospitais públicos e privados e demais instituições envolvidas com a saúde pública estejam adaptadas para combater a pandemia de uma forma eficiente.

Cada organização deve fazer uma avaliação da sua realidade operacional para estar preparada e se antecipar às mudanças no seu ambiente, agindo proativamente e de forma rápida em cenários como o que estamos vivenciando.

Aqui entra a importância dos dados, que são fundamentais para esse processo. As empresas que são capazes de interpretar a sua realidade a partir de informações certamente estarão mais bem preparadas para tomar as melhores decisões e, assim, se adaptarem, com êxito, a uma crise que se desenvolve rapidamente e que pode durar alguns meses.

Pelo que tenho visto e diante de alguns relatos de sucesso de nossos clientes no Brasil e no mundo, gestores que tomam decisões baseados em fatos são melhores sucedidos.

Portanto, entenda seus dados, sua força de trabalho, funcionários afetados, programas em risco etc. Extraia os fatos dos seus dados para responder a perguntas importantes, como: Quantos funcionários viajaram para outros países? Quantos usam transporte de massa? Quantos estão em grupos de alto risco?

Não permita que informações erradas ou a falta delas direcionem suas decisões. E comunicar largamente os achados também é fundamental. Quanto mais pessoas na organização tiverem acesso à informação, melhores serão os resultados.

Também é importante planejar efeitos de segunda e terceira ordem. Embora a ameaça de doenças relacionadas ao coronavírus seja a questão final, outras consequências podem afetar a operação das instituições em uma escala ainda maior.

Vamos considerar o seguinte cenário: se 50% dos funcionários de um hospital têm filhos em idade escolar e as escolas decidem fechar por vários meses, talvez os funcionários precisem ficar em casa, impedidos de prestar assistência. Ou, se um membro da família do colaborador contrair o vírus, esse funcionário precisará ser colocado em quarentena como medida de precaução para proteger o restante da força de trabalho.

Enfim, em meio a toda essa turbulência, é fundamental que os gestores tenham uma visibilidade da empresa com dados de seus funcionários para gerenciar efetivamente a cobertura apropriada para toda a força de trabalho. Avalie as necessidades atuais em relação às ausências previstas e o impacto do programa de trabalho remoto. Identifique áreas vulneráveis para que planos de contingência possam ser construídos. Aborde questões importantes, incluindo: Que trabalho crítico não pode ser executado remotamente? Quais políticas e treinamentos eu preciso fornecer para habilitar uma força de trabalho remota? Como preencho posições quando os funcionários estão doentes?

Ou seja, temos que ser capazes de cruzar vários dados da organização não só vendas e finanças, mas supply chain e RH, para citar alguns.

Importante: conforme a crise do coronavírus evolui, continue avaliando as condições da operação na sua empresa, analisando os dados e permanecendo ágil.

Embora a crise atual exija a separação física dos trabalhadores, a adoção de ação deliberada, fundamentada em informações baseadas em dados, permitirá que as organizações de saúde e demais órgãos públicos permaneçam conectados de novas e inovadoras maneiras e para continuar a impulsionar o sucesso no combate à pandemia e na continuidade de suas operações e de seus negócios, no caso de instituições com fins lucrativos.

E o mais importante de tudo: todos temos que colaborar com o bem comum e fazer a nossa parte. Não nos esqueçamos de olhar para dentro, para os funcionários e para o bem-estar deles e de seus familiares neste momento. Afinal, o que são as instituições sem as pessoas?

*Celso Oliveira é country manager da MicroStrategy Brasil

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