D4Sign espera chegar a R$ 47 mi de faturamento em 2024

Empresa acaba de lançar ferramenta de Big Data para análises de contratos

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8:45 am - 20 de agosto de 2024
Rafael Figueiredo, fundador e CEO da D4Sign; e Bruno Kawakami, CTO da D4SIgn. Fotos: LinkedIn

Se os executivos da D4Sign pudessem resumir seu maior potencial, seria a inteligência artificial. A plataforma de assinatura eletrônica acaba de lançar uma ferramenta de Big Data voltada para contratos.

A novidade gera gráficos e mais de 40 diretrizes para avaliação, possibilitando ampliar investimentos em regiões estratégicas, comportamento do consumidor ou até entender gastos excessivos em alguns campos e como reduzi-los.

Entretanto, a história da empresa com a tecnologia começa ainda em 2015, quando a D4Sign foi fundada. Rafael Figueiredo, fundador e CEO da companhia, conta que os fundadores olharam para o mercado e viram que não tinham outras empresas explorando o mercado da forma que achavam que fazia sentido.

“Nos pontos de autenticação, por exemplo, só pegavam o IP. Nós queríamos ir além, porque se houver um problema jurídico, eu preciso ter certeza de que é aquela pessoa assinando. Começamos a ser bons em automação, para ajudar a criar os documentos mais fácil, com templates”, explica ele.

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A parte de análise também foi trabalhada desde o início. Porém, A D4Sign não se considerava boa em gestão. Isso porque o cliente precisava dar imput no dado. Tudo precisava ser informado manualmente. “Então, lançamos o braço de IA para trabalhar e cuidar da gestão”, revela Figueiredo.

Com isso, a empresa lançou o analyzer e o chatbot. O primeiro fazia um resumo com os principais pontos do contrato e o resumia para o cliente. No chat, o cliente poderia fazer perguntas sobre os contratos. “A aceitação foi muito boa e nós resolvemos ampliar isso e trazer o big data para explorar todo o documento”, comemora o CEO.

Com a nova ferramenta, a ideia é que o cliente não precise fazer “mais nada” após subir o contrato. A própria plataforma gerará as análises necessárias e dará os avisos necessários, como quando um contrato estiver perto de expirar.

Bruno Kawakami, CTO da D4Sign e especialista em IA, conta que a nova plataforma será de grande valia para os clientes, que podem chegar a processar mais de 300 mil dados por mês. Isso porque a companhia atende grandes companhias, como FGV, Cyrella, Hershey´s, Danone, Bluefit, Catho, Band, Sebrae, Gerando Falcões e GRUAirport.

Mas a construção da nova ferramenta não deixou de ter desafios. “Todo mundo fala de big data e que o dado é o novo petróleo, mas pouca gente sabe estruturar, armazenar e controlar o custo dos dados. Qualquer erro custa milhões”, resume Kawakami. Ou seja, era necessário ter uma estrutura que não prejudicasse a operação e continuasse tendo valor em termos de negócios.

Para isso, uma das escolhas de Kawakami foi o uso de modelos de linguagem de terceiros. Isso porque construir dentro de casa um modelo 100% próprio acaba inviabilizando o projeto em termos de custo. “O nosso modelo é uma mistura de modelos open source ou aqueles que podem ser treinados por nós”, diz ele.

As investidas da D4Sign em tecnologia parecem estar dando frutos. Em 2023, a empresa faturou R$ 35 milhões e espera crescer 35% esse ano, totalizando R$ 47 milhões. Hoje, mais de 500 mil companhias usam os serviços da plataforma e mais de 400 milhões de páginas já foram processadas pela plataforma.

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Laura Martins

Editora do IT Forum. Jornalista com mais de dez anos de atuação na cobertura de tecnologia. É a quarta jornalista de tecnologia mais admirada no Brasil, pelo prêmio “Os +Admirados da Imprensa de Tecnologia 2022” e tem a experiência de contribuições para o The Verge.

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