CyberLabs e PSafe anunciam fusão

Novo Grupo CyberLabs projeta R$ 100 milhões em faturamento para 2021

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5:16 pm - 17 de fevereiro de 2021
Imagem: Divulgação

A empresa de cibersegurança PSafe e a startup mineira de inteligência artificial CyberLabs anunciaram um acordo de fusão. O negócio dá origem ao Grupo CyberLabs, que, segundo a empresa, nasce como a maior companhia de inteligência artificial e cibersegurança da América Latina.

Com operação no Brasil e nos Estados Unidos, o grupo reúne mais de seis milhões de usuários ativos, entre pessoas físicas e jurídicas, e um time de mais de 150 engenheiros e pesquisadores focados em inteligência artificial e pesquisas em cibersegurança.

A fusão entre as duas empresas foi costurada ao longo do segundo semestre de 2020 e foi revelada internamente no início de fevereiro. A transação contou com o apoio da Redpoint eventures, que, em agosto de 2020, liderou uma rodada de investimentos de R$28 milhões na CyberLabs. Desde 2013, a Redpoint eventures é sócia investidora da PSafe.

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Para 2021, o novo grupo projeta um faturamento de mais de R$100 milhões. Um de seus objetivos principais é expandir a presença no segmento B2B, sobretudo no mercado brasileiro, promovendo expansão de suas soluções de cibersegurança no País e apostando na inteligência artificial para criar diferencial competitivo.

“O Brasil está entre as dez maiores economias do mundo, mas ocupa a penúltima colocação no ranking global de detecção de ameaças, à frente apenas da Turquia. Os vazamentos de dados no Brasil levam em média 46 dias para serem identificados, o que é um prazo inaceitável”, pontua o presidente do Grupo CyberLabs, Marco DeMello, que ocupava a posição de CEO da PSafe.

Megavazamento de dados e PMEs

A PSafe ganhou destaque nas últimas semanas após revelar aquele que é considerado maior vazamento de dados da história do Brasil, que expôs mais de 223 milhões de informações pessoais, incluindo CPFs. Na semana passada, a companhia também divulgou dados sobre um segundo vazamento de grande escala, desta vez envolvendo supostas informações de empresas de telefonia.

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A aposta do Grupo CyberLabs será voltada para o mercado de PMEs, que é visto como um dos principais alvos dos cibercriminosos nos últimos tempos. As ameaças para o setor vem na esteira da aceleração das jornadas de transformação digital de companhias no último ano, que ampliou sua presença virtual de organizações, mas criou cenário atrativo para o cibercrime.

“Vamos oferecer o estado da arte em inteligência artificial para ajudar empresas brasileiras a se protegerem na internet”, afirma Marcelo Sales, CEO do grupo. “Estamos vivendo uma pandemia digital e pelo fato das pequenas e médias empresas não terem estruturas nem recursos suficientes, cada colaborador remoto se transforma em um ponto a mais de vulnerabilidade”.

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