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Curso de ciência de dados para área do Direito ensina a usar AI para interpretar informações de processos

A grande quantidade de dados produzidos e a catalogação de informações para avaliação e tomada de decisões é uma realidade e diversas áreas, como no mundo dos negócios, na medicina, e a partir das novas tecnologias está chegando também ao Direito. Já existem, por exemplo, softwares que avaliam as chances de ganhar um processo na Justiça, a depender de qual será o julgador. Os números ajudam as empresas, entre outras coisas, a provisionar corretamente futuros gastos que influenciem no valor da companhia.

Também é comum que investigações feitas internamente pelas empresas ou ainda por autoridades públicas reúnam grande quantidade de dados que, a partir do cruzamento de bases de dados e a utilização de computação cognitiva, possam revelar desvios, práticas ilícitas ou mesmo antiéticas.

É por isso que a Faculdade de Direito do IDP | São Paulo acaba de lançar o primeiro curso de curta duração em “Ciência de dados aplicada ao Direito”. A ideia é ensinar noções de tecnologia e de análise de dados não só para advogados e outros operadores do Direito, mas também para empresários e outros interessados para entender como lidar com inteligência artificial para o processamento e a interpretação de dados gerados pelo grande número de processos judiciais, pelas diversas publicações científicas e pelas complexas informações de negócios jurídicos do mundo corporativo.

“Em todas as áreas do saber, a tecnologia tem avançado exponencialmente. O profissional do futuro (presente) tem que compreender o funcionamento dessas novas tecnologias e o potencial de sua utilização em seu ambiente de trabalho, como um grande diferencial para seu crescimento profissional. Não basta a preocupação sobre o futuro das profissões, temos que preparar os profissionais para essa nova realidade, para otimizar o uso de seu tempo de trabalho para tarefas de alto valor agregado e que permitam mais eficácia e assertividade”, explica Alexandre Zavaglia Coelho, coordenador do curso e diretor executivo do IDP | São Paulo. “Com a gigantesca quantidade de dados gerados diariamente, há uma demanda crescente para a utilização e análise de big data aliada ao uso de inteligência artificial, de estatísticas, predição, automação de procedimentos, entre diversas outras possibilidades. ”

Além de Zavaglia, advogado especialista em ciência de dados aplicada, o curso conta com um corpo docente com grandes nomes, como o ministro Gilmar Mendes, Marcelo Guedes Nunes (ABJ), Luis Fernando Liguori (IBM), Carlos Eduardo Sobral (ADPF), Renato Mandaliti (FINCH), entre outros.

Com início no dia 10 de abril, o curso está dividido em três módulos. O primeiro módulo, Fundamentos da Ciência de Dados aplicada ao Direito, descreve toda a contextualização da temática e de seus conceitos principais, em conjunto com estudos de casos que vão demonstrar o que existe de mais moderno nesse ambiente, tanto para preparar os alunos para atuar como usuários dessas soluções quanto para qualifica-los para os eventuais próximos passos. Os módulos II e III, que serão oferecidos no segundo semestre, são destinados a quem quer se aprofundar na questão e almeja efetivamente trabalhar nessas equipes de produção de projetos de ciência de dados aplicada ao direito.

Para Alexandre Zavaglia Coelho, essa demanda por tecnologia e análise de dados não acontece só na área do direito, mas em todas as áreas. “Os profissionais de todos os campos do saber precisam dessa formação, seja para atuar como usuário ou para participar efetivamente de projetos nesse campo”, diz.

Curso de Ciência de Dados aplicada ao Direito
Módulo I – Fundamentos
Período:
10/04/2017 a 05/06/2017
Local
R. Itapeva, 538 – Bela Vista, São Paulo – SP
Brasil o
Inscrições abertas pelo www.idpsp.edu.br
Telefone : (11) 2050.0195

Confira o programa e demais informações:
10/4 – A ciência de dados aplicada ao direito e o futuro (presente) dos serviços jurídicos – Alexandre Zavaglia Coelho, professor e Diretor Executivo do IDP | São Paulo, doutorando pela Unicamp, advogado da Zavaglia | C Advocacia, especializado em ciência de dados aplicada e consultor de diversos projetos na área de direito e tecnologia, um dos Coordenadores da série de livros Direito, Inovação e Tecnologia da Editora Saraiva.

17/4 – O profissional do Direito pode ser um cientista de dados? – Adelino Gala, mestre e doutor em tecnologias da inteligência e design digital pela PUC-SP, é consultor de empresas nas áreas de inovação, tecnologias digitais e desenvolvimento de lideranças. Sua atual pesquisa está concentrada na compreensão de como as tecnologias da inteligência impactam nas sociedades contemporâneas.

24/4 – Jurimetria e realismo jurídico – Marcelo Guedes Nunes, mestre e doutor em Direito Comercial pela PUC.SP, Diretor do Instituto de Direito Societário Aplicado – IDSA, Presidente da Associação Brasileira de Jurimetria – ABJ, participante da Conference of Empirical Legal Studies – CELS e coordenador de projetos de pesquisas para diversas entidades do governo e da iniciativa privada. Advogado em São Paulo, sócio de Guedes Nunes, Oliveira e Roquim Advogados; e Alexandre Zavaglia Coelho, professor e Diretor Executivo do IDP | São Paulo, doutorando pela Unicamp, advogado da Zavaglia | C Advocacia, especializado em ciência de dados aplicada e consultor de diversos projetos na área de direito e tecnologia, um dos Coordenadores da série de livros Direito, Inovação e Tecnologia da Editora Saraiva.

08/05 – A tecnologia a serviço do Direito – o IBM WATSON e o BlueMix – Luis Fernando Liguori, Diretor de Tecnologia e Inovação – CTO (Chief Technology Officer) da IBM Brasil, tem como responsabilidade ser o ponto focal em tecnologia para o mercado, buscando soluções inovadores e disruptivas. Membro da Academia de Tecnologia da IBM, tem o titulo de Distinguished Engineer e possui pós-graduação em administração pela Fundação Getúlio Vargas e MBA pela Fundação Dom Cabral.

15/05- Estudo de Casos: Finch Soluções – Aplicação prática de inteligencia artificial no Direito – Renato Mandaliti – um dos pioneiros na utilização de ciência de dados e inteligência artificial na área do Direito, CEO da Finch Soluções, empresa brasileira que foi case na Universidade de Harvard. Sócio do JBM/Mandaliti advogados, tem MBA pela Universidade de Wisconsin-Madison/EUA.

22/05 – Estudo de Casos: Analise de big data e eleições – Gilmar Ferreira Mendes, doutor pela Universidade de Munster (Alemanha), Presidente do Tribunal Superior Eleitoral e Ministro do Supremo Tribunal Federal, professor e Coordenador Científico do IDP.

29/05 – Estudo de casos: A tecnologia a serviço da investigação – Carlos Eduardo Sobral, Delegado da Polícia Federal, atualmente é o Presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal. Foi Chefe do Serviço de Repressão a Crimes Cibernéticos da Direção-Geral da Polícia Federal, coordenou a Política Nacional de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, participou da coordenação de diversas operações policiais de combate à pornografia infantil, venda de medicamentos falsificados/contrabandeados de alta tecnologia (Operação Conexão Holanda/Shadow) e fraudes bancárias (Projetos Tentáculos, Oráculo e Operação Kaçada), representou a Polícia Federal na Câmara dos Deputados e no Ministério das Relações Exteriores nas discussões de propostas legislativas sobre crimes cibernéticos, entre diversas outras atividades. Possui formação em Direito e pós-graduação em Ciências da Computação pela UNB.

05/06 – Conclusões Finais e Avaliação

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