“É uma corrida do ouro”, diz CEO da GFT Brasil sobre IA no desenvolvimento de software

Em conversa com o IT Forum, Alessandro Buonopane, CEO da GFT Brasil, falou sobre impacto da IA no ciclo de desenvolvimento de software

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9:31 am - 02 de julho de 2024
Alessandro Buonopane, CEO da GFT Brasil (Imagem: Divulgação)

A explosão de ferramentas de inteligência artificial dos últimos anos criou uma “corrida do ouro” para a transformação digital das organizações. Essa foi a avaliação de Alessandro Buonopane, CEO da GFT Brasil, em conversa com o IT Forum durante o Febraban Tech 2024, principal evento de tecnologia bancária da América Latina, realizado na última semana em São Paulo.

“Nos últimos três anos, muitas tecnologias surgiram e foram adotadas, levando a ganhos expressivos de produtividade. Os clientes viram que não dava mais para esperar alguém fazer primeiro para depois se adaptar e recuperar. Não dá mais tempo”, pontuou. “Hoje é uma corrida do ouro”.

Na esteira dessa transformação, a companhia lançou, em outubro do ano passado, um marketplace de soluções dedicado à IA e analytics de dados. Apelidado de AI.DA, o marketplace oferece uma biblioteca de casos de uso, metodologias, arquiteturas e soluções pré-configuradas para auxiliar empresas no design e na implementação de aplicações baseadas em IA. O sistema integra hoje mais de 20 soluções específicas para a indústria.

Entre essas soluções está a AI Impact 1.0, anunciada neste ano, que integra IA generativa para auxiliar organizações no desenvolvimento de software com apoio de IA. O objetivo da plataforma é mitigar o déficit técnico de profissionais de desenvolvimento, apoiando o ciclo de desenvolvimento de software com ferramentas de IA que dinamizam o processo.

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“O software sempre ficou travado pelo hardware. No momento em que o hardware foi destravado, seja com o armazenamento de informações infinitas nas nuvens ou com microchips cada vez mais rápidos, o céu é o limite para a parte do software”, avaliou Buonopane.

De acordo com a companhia, o sistema é capaz de trazer ganhos de até 85% no tempo de geração de documentação, reduzir o tempo de correção de bugs em 65% e de identificação de novas vulnerabilidades em 85%. O AI Impact 1.0 também apoia empresas na criação de histórias de usuário e na revisão de código.

A empresa não abre detalhes sobre a adoção do AI Impact 1.0 pelo mercado. Há, no entanto, empolgação com o potencial para setores como o bancário — hoje, a GFT trabalha com quatro dos dez principais clientes do setor bancário nacional. No Brasil, já são cinco projetos em diferentes fases de implementação com o AI Impact 1.0, incluindo empresas dos setores de telecomunicações, varejo, saúde e financeiro.

Segundo o CEO da GFT Brasil, o lançamento da ferramenta de apoio ao ciclo de desenvolvimento de software apoiado por IA é motivado por uma demanda direta de clientes. Antes do surgimento de players digitais, que passaram a desafiar empresas tradicionais de diferentes setores da indústria, organizações focadas em projetos de transformação digital, como a GFT, encontravam resistência a projetos disruptivos.

“Virou a ampulheta”, disse o executivo. “Os clientes tradicionais entendem que também é preciso começar a ver tendências.” E finalizou: “O mercado hoje está procurando eficiência, produtividade e redução de custo. Isso está na pauta de qualquer CEO de empresa”.

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Rafael Romer

Rafael Romer é repórter do IT Forum. É bacharel em Comunicação Social – Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Tem mais de 12 anos de experiência na cobertura dos segmentos de TI, tecnologia e games, com passagens pelo Olhar Digital, Canaltech, Omelete Company, Trip Editora e IG.

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