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Conferência de desenvolvedores do Google tem início sob pressão de anúncios concorrentes

Este mês vimos três grandes nomes do mercado mobile mundial – Amazon, Apple e Samsung – atualizarem suas respectivas comunidades de desenvolvedores com novas estratégias de produtos e plataformas. E há algo em comum nesses movimentos: competir diretamente com o Google. 

Naturalmente, todas as três ficariam felizes se duas delas saíssem do páreo. Mas, por enquanto, elas possuem um alvo maior para eliminar. A Apple, por exemplo, realizou diversos anúncios em junho baseados na estratégia “inimigo do meu inimigo”: a companhia escolheu o Bing, o mecanismo de pesquisa da Microsoft rival do Google, para rodar o Spotlight, o sistema de busca embutido em seu sistema operacional que virá agora no iOS 8.
A Samsung, a maior fabricante de smartphones com Android do mundo, revelou seu primeiro smartphone baseado no Tizen, uma alternativa open-source para o Android. Sem falar no novo Fire Phone da Amazon, que visa facilitar as compras através de seu mecanismo de comércio, e não o do Google.
Em conjunto, essas iniciativas devem soar como alarmes para o Google. Há incontáveis milhões à espera de quem sair como o vencedor dessa batalha de plataformas móveis. E quem sai na frente é a empresa que estará melhor posicionada para atender aos desejos do consumidor. É por isso que todos elas investem muito no desenvolvimento de novas plataformas de hardware e serviços para serem executados nessas plataformas. Tudo isso que aconteceu em junho, ajudou a desviar a atenção de produtos e serviços do Google até agora, reduzindo as chances da empresa de ser a única a lucrar no mercado onde estão os três concorrentes de hardware.
Mas se quem ri por último ri melhor, como dizem, então parece que os ventos podem soprar favoráveis ao Google. Nesta quarta-feira (25), começa a conferência de desenvolvedores da companhia, a Google I/O, que será realizada ao longo da semana em São Francisco (EUA).
O Google está pronto para aproveitar essa oportunidade? Vamos descobrir em breve. No entanto, há quatro áreas críticas que merecem atenção em relação à conferência: o sistema operacional Android; o Android Wear, seu sistema operacional para wearables; o sistema de busca em geral, e em particular o Maps; e streaming de música.
– Android precisa de uma atualização: a Apple anunciou recentemente todos os recursos que está trazendo para o iOS 8 com a adição de 4.000 novas APIs – a maior desde que a empresa abriu a primeira loja de aplicativos iOS. Algumas delas são empacotadas no HealthKit, que deve ajudar contra a concorrência com o wearable que a Apple pode lançar no próximo semestre, segundo rumores da mídia. Há também um HomeKit para habilitar aplicativos para serem usados em casas – um movimento que sinaliza que a Apple está se preparando quanto à aquisição da Nest pelo Google. Diante de tudo isso, o lançamento que sucederia o Android 4.4 (ou KitKat) seria uma carta na manga para o Google, já que uma atualização poderia trazer fôlego ao Android e abrir uma vantagem para atenuar o impacto dos avanços dos três rivais.
– Avanços no Android Wear: o anúncio de um novo dispositivo no segmento de wearables pela companhia poderia colocá-la à frente do iWatch da Apple, cujo lançamento é esperado para outubro.
– Melhorias no Maps e no sistema de busca: isso também ajudaria a impedir tentativas da Apple de afastar o Google de suas plataformas. Tanto a Apple quanto a Amazon mostraram alguns recursos de seus mapas em 3D. Se o Google tem algo em vista nessas áreas, talvez seja a hora certa de colocar em cena.

– O Google precisa fazer um movimento em streaming de música: esse tem sido um serviço que tem levado a atenção para os dispositivos móveis. A Amazon anunciou este mês seu próprio serviço de streaming, chamado Prime Music. E a Apple, é claro, está muito ocupada finalizando a aquisição da Beats, fabricante de fones e acessórios de música. Na última sexta-feira, o Google divulgou que agora seu usuário pode procurar um artista ou banda e tocar sua música sem deixar a seção de pesquisa. Isso não é um grande anúncio, mas pode sinalizar, no mínimo, que o streaming de música também tem ganhado prioridade no Google.
Algumas iniciativas nessas áreas poderiam, sem dúvidas, ajudar a neutralizar avanços que suas concorrentes fizeram neste mês.

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