Como tirar o melhor proveito da informação no meio de tanto dado?
À medida que o volume de dados continua a crescer, as operadoras precisam reavaliar os processos existentes.
À medida que o volume de dados continua a crescer, as operadoras precisam reavaliar os processos existentes, a fim de impulsionar os negócios em 2020 e não se perder no meio de tanta informação. Lançamentos 5G à parte, a quantidade e a velocidade desses dados aumentaram consideravelmente com o 4G e, sem dúvida, continuarão nessa trajetória. Então, o que isso significa para os provedores de serviços hoje? O potencial de extrair informações valiosas desses dados não pode ser ignorado e as oportunidades de receita inexploradas continuam sendo negligenciadas sem os processos adequados de análise de dados. Com o 5G, esse déficit está definido para se tornar ainda mais agudo. Então, o que deve ser feito?
Compreender como os clientes estão usando o serviço de Telecom é fundamental para manter a participação de mercado e garantir a relevância da operadora. Isso requer uma abordagem orquestrada para entender os dados usados rapidamente e descobrir como ficar à frente das rápidas mudanças – segundo o ponto de vista e as expectativas dos consumidores.
Gerenciar a Qualidade do Serviço (QoS) na transição do 4G para o 5G está se tornando um grande desafio às operadoras. Enquanto a realidade virtual (VR) e a realidade aumentada (AR) ganham popularidade entre os jogadores, os provedores de serviços estão lutando para atender a esses requisitos de QoS em redes 4G – já com muito congestionamento. Então, como garantir que a distribuição da largura de banda seja alocada ao serviço apropriado para o cliente certo no momento ideal? É aqui que uma visão detalhada e oportuna dos dados de consumo permite a alocação dinâmica da QoS superior para serviços específicos a clientes de alto valor.
Identificar insights de dados acionáveis em escala se torna ainda mais desafiador no que diz respeito à implantação de aplicativos de IoT. A complexidade inerente a milhares, senão milhões, de dispositivos que exigem conectividade e a capacidade de tomar decisões significativas com base nos dados produzidos se torna mais desafiadora. Tomemos, por exemplo, as recentes inundações em Veneza. Se houvesse uma infraestrutura digital de sensores para monitorar os níveis de água com a capacidade de identificar automaticamente a taxa de mudança e acionar uma resolução, uma quantidade significativa de dano poderia ter sido evitado.
A Inteligência Artificial e a automação podem gerar novas receitas e impulsionar os negócios das operadoras em 2020. Isso mostra um leque grande de oportunidades geradas pelo processamento de dados de alto volume e em tempo real. É válido ter um foco em gerar maior rentabilidade e na monetização, mas os provedores de serviços também precisarão examinar áreas como garantia de serviço, auditoria e controle da qualidade e integridade dos dados.
Com tudo isso, esse grande volume de dados traz ao mesmo tempo mais complexidade na gestão, extração e armazenamento de dados, porém adiciona um mundo imenso de oferta de novos serviços a ser explorado para gerar mais negócios e melhorar a experiência do cliente.
*Antônio Júnior é diretor de MKT e Vendas da Openet Brasil