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Mirando IPO, CI&T anuncia aquisição da Dextra

A integradora multinacional de Campinas CI&T anunciou nesta quarta-feira (30) a compra da conterrânea Dextra – que desde agosto de 2018 fazia parte do Grupo Mutant. O valor do negócio não foi divulgado, mas a CI&T diz que a operação é parte de um plano de crescimento baseado em fusões e aquisições para ampliar capacidades e aumentar presença global – e que deve culminar em um IPO ainda sem data.

A Dextra tem mais de 1.200 profissionais no Brasil e nos EUA – estes últimos oriundos de uma fusão com a CINQ dentro do grupo Mutant em 2020. À época, a junção dos times ficou distribuída em escritórios em Curitiba (PR), São Paulo (SP), Ponta Grossa (PR), Florianópolis (SC), Rio de Janeiro (RJ) e Miami (EUA), além de Campinas (SP).

Em comum, as empresas têm semelhanças culturais (metodologias lean e desenvolvimento ágil, por exemplo) e de portfólio. A Dextra nasceu como fabricante de aplicativos móveis e se tornou criadora de produtos digitais desde a concepção, design e execução de software, “que se encaixa perfeitamente com a CI&T”, diz a empresa adquirente em comunicado enviado à imprensa.

Leia mais: Com suporte terceirizado, Queiroz Galvão ganha mais foco no negócio

Os serviços da Dextra serão adicionados à oferta global da CI&T, cuja estrutura compreende atualmente cerca de 4.000 funcionários no mundo.

“Estou emocionado com a oportunidade de crescer e expandir nossas operações junto com a Dextra, uma empresa que sempre admiramos e respeitamos. A demanda do mercado é muito alta e juntos nossa oferta é ainda mais forte”, diz em comunicado Cesar Gon, fundador e CEO da CI&T.

O negócio ainda depende de aprovações regulatórias, mas as empresas dizem prever crescimento agressivo por conta da transformação digital do mercado durante a pandemia.

Cartas trocadas

Procurada pelo IT Forum, a Mutant diz em comunicado que a venda da Dextra também faz parte de uma estratégia de M&A [fusões e aquisições, na sigla em inglês], e que ela “comprova a tese e a capacidade da companhia em adquirir outras empresas e alavancar seus negócios”. Desde a fundação a Mutant adquiriu mais de 10 empresas de tecnologia, tanto no Brasil quanto no exterior.

No mesmo comunicado o Grupo Mutant – que fica composto por Mutant, Myra e Zoly – diz que vai aguardar a aprovação do negócio com a CI&T para dar mais detalhes sobre essa estratégia. E que se trata de “um primeiro movimento que dá início a uma nova fase” que compreende novas aquisições futuras.

“Comprar, acelerar e vender empresas faz parte do nosso DNA, há muito tempo. Atualmente, temos mais de 30 empresas dentro nosso pipe de M&A. Vem mais coisa por aí”, diz Alexandre Bichir, CEO do grupo.

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