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CIOs recorrem a serviços gerenciados, pois em terra de cego quem tem olho é rei

Ao longo das décadas, o título que conhecemos hoje por Chief Information Officer (CIO), na prática, diretor ou gerente de tecnologia, têm acumulado as mais variadas funções. Durante muito tempo, foi visto como um mero profissional que comprava e implementava hardware e software. Em um segundo momento, passou a ser o guardião da administração e da segurança dos sistemas. Na era das redes e data centers, trabalhava nos bastidores fazendo praticamente tudo.
No entanto, em momentos de orçamento restrito e desafios como os impostos pelo atual panorama econômico, o CIO sofre pressão extra vinda de outras áreas da empresa, além das rotineiras questões operacionais restritas à TI.  Do lado financeiro, ele é cobrado a fazer mais com menos. Em alguns casos, essa cobrança é até injusta, pois o gargalo de produtividade está em outros departamentos.
Já pelos executivos dos negócios, o CIO é compelido a dar estrutura para que a empresa tenha condições de oferecer produtos, serviços e soluções que sejam atraentes para seus consumidores ou clientes mesmo em períodos de crise – e sempre à frente da concorrência. Em particular, gerentes de tecnologia no Brasil em pequenas e médias empresas ainda sofrem a ameaça de perder sua posição, caso não apresentem uma saída viável para esse desafio.
Assumir um papel mais estratégico e menos operacional pode ser um caminho interessante durante a turbulência e também pensando no futuro. No entanto, como o CIO poderá assumir mais essa função relevante para os negócios com toda a carga de trabalho operacional pela frente?
Um parceiro incansável para todas as horas é o provedor de serviços gerenciados. O gestor pode contar com essas consultorias especializadas capazes de desenhar o melhor modelo de trabalho conjunto com o departamento de TI interno das empresas. A boa notícia é que os serviços gerenciados podem ser contratados para administrar ambientes de TI de vários tamanhos – por exemplo, apenas remotamente ou dispondo internamente de uma equipe dedicada do provedor de serviços gerenciados – e diversos tipos e complexidades de ativos de TI, desde infraestruturas de rede até aplicações de negócios. Ao adotar os serviços gerenciados, a área de TI poderá reportar níveis mais altos de produtividade, confiabilidade e segurança das operações, mantendo ou até mesmo reduzindo custos.
Alguns provedores já estão oferecendo serviços gerenciados sob o modelo de nuvem. Pense, por exemplo, na recuperação de desastres. No cenário tradicional, era preciso investir em hardware, software e até instalações físicas para duplicar um ambiente de TI que assumiria as operações críticas em caso de necessidade. A responsabilidade dos serviços gerenciados se resumia apenas ao monitoramento e à efetivação da substituição da infraestrutura com problemas pelo ambiente replicado. Para as empresas, isso envolve um custo fixo necessário, muitas vezes alto, mas que não gera resultados – algo como acontece com os seguros de automóveis, que pagamos para não usar.
Os serviços gerenciados na nuvem vieram para reduzir esses valores. No caso da recuperação de desastres, o provedor replica o ambiente de TI crítico do cliente na sua nuvem e cobra apenas uma assinatura, livrando-o dos custos fixos relacionados à infraestrutura de contingência. A mesma abordagem pode ser aplicada para outros cenários, como bancos de dados, máquinas virtuais, ambientes de testes e homologação de e o que mais for relevante para tirar a carga operacional das costas do CIO.
Deixando as tarefas rotineiras a cargo dos serviços gerenciados, na nuvem ou fora dela, os CIOs poderão assumir a posição que lhes é de direito – de agente transformador estratégico para os negócios de qualquer empresa.
*Carlos Oliveira é diretor-executivo da S2IT

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