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Chega de confusão: as diferenças entre 4.5G, Pre5G e 5G

As pessoas costumam perguntar quando o 5G, enfim, substituirá o 3G e o 4G. A resposta vem de uma citação de Ricardo Montalbán no papel de Kahn, no filme Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan, de 1982: “Nem tudo de uma vez e nem instantaneamente com certeza”.

O 5G, ou o que as operadoras chamarão de 5G, virá em etapas, assim como crescerá seu desempenho. Acontece que as operadoras entendem o ciclo da moda e buscam, a todo custo, capitalizar essa percepção da “necessidade de velocidade”.

Algumas chegam a já anunciar conexões que seriam o “caminho para o 5G”. Ou seja, não se trata do 5G de fato, mas, sim, de uma estratégia de marketing, até porque – vale frisar – as redes 5G ainda não estão disponíveis!

E mais: para que o 5G funcione com a taxa de transferência de 10Gbps e <1ms de latência, novas redes de dge data centers e redes de acesso por rádio (RANs) devem ser implementadas.

As empresas de telecomunicações definem os padrões para 5G

As primeiras especificações do 5G New Radio (NR) estão completas. No entanto, a maior parte do foco do 5G está em desenvolver padrões para o core, e não para o edge das redes (edge data centers são necessários para a velocidade).

O 3rd Generation Partnership Project (3GPP), formado por sete organizações de desenvolvimento de padrões de telecomunicações, lançou o chamado R15 em junho de 2018. Foi um marco importante em muitos aspectos. Contudo, é mais um padrão para o core e menos para o RAN em maior espectro para antenas de ondas milimétricas.

Os trabalhos estão prosseguindo para o R16, que está mais focado no edge e no RAN de maior espectro. Ele pode ficar pronto entre o fim deste ano e o início de 2021 – ou seja, o trabalho está em curso.

4.5G, Pre5G e 5G: esclarecendo a confusão

O que ocorre no mundo das telecomunicações é que o dinheiro está sendo utilizado para fazer o 4G ficar mais rápido. Mas isso não é o 5G, ou será que é?!

Uma implantação inicial de metro e edge data centers, chamada mobile edge compute (MEC), está em produção. Esse será um passo em direção ao 5G real, porque esses MECs são projetados com hardware e software desagregados.

Isso significa que o novo software 4.5G será executado no MEC até que o software 5G esteja pronto. É por isso que a indústria está se concentrando em uma etapa intermediária – o 4.5G ou Pre5G.

A indústria tem o objetivo de alcançar algo que se aproxime das velocidades de 5G a partir do avanço das redes 4G e do impulsionamento dos sistemas 4.5G LTE.

O software de ponta do 5G não está pronto e provavelmente não ficará dentro de alguns anos. Mas o software 4.5G ou Pre5G está. O que é isso exatamente?

– O 5G completo promete taxas de dados até 10Gbps e latência inferior a 1 milissegundo.

– O Pre5G ou 4.5G é essencialmente o LTE Advanced ou LTE Advanced Pro.

– O LTE Advanced é basicamente o 4G com taxas de dados a 1Gbps e latência inferior a 10 milissegundos.

– Já o LTE Advanced Pro possui taxas de dados a 3Gbps e latência inferior a 5 milissegundos.

Novamente, o LTE Advanced e o LTE Advanced Pro impulsionam a tecnologia de data center LTE e fazem o desempenho “tipo 5G” em edge data centers 4G, que podem ser atualizados facilmente para 5G completos.

Essa terminologia do Pre5G começou em 2014 pela ZTE, uma empresa chinesa, como uma ponte tecnológica para as redes 5G. Outra empresa chinesa, a Huawei, decidiu não adotar o termo Pre5G. Em vez disso, na mesma época, criou o termo 4.5G.

A tecnologia RAN por trás do Pre5G e 4.5G são as tecnologias LTE Advanced e Pro, como a agregação de portadoras (CA), as antenas MIMO 4×4, o Link Aggregation das redes wi-fi (LWA) e a Internet das Coisas de banda estreita (NB-IoT).

Eles também planejam introduzir lentamente a nova tecnologia Non-LTE-Advanced Pro especificamente voltada para as redes 5G.

Arquitetura de data center para 5G

É hora da ação. Com as operadoras atualizando seus centros de dados 4G com infraestruturas MEC à frente da introdução completa do 5G, a arquitetura dos edge data center está sendo colocada em seu lugar.

A era do gigabit está chegando. A quantidade de tráfego de dados transmitida pelas redes móveis continuará a crescer, e os downloads de 1Gbps serão obtidos a partir de qualquer G que decidir chamá-lo.

*Luciano Santos é vice-presidente de Secure Power da Schneider Electric Brasil.

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