CEOs na América do Sul planejam investimentos agressivos em inovação
Executivos da região estão priorizando transformação digital e cibersegurança com aquisição de novas tecnologias, indica estudo da KPMG
A maioria dos CEOs na América do Sul (86%) afirmam estar realizando uma estratégia agressiva de investimentos com foco em transformação digital e cibersegurança, revelou a pesquisa “Technology Industry CEO Outlook”, conduzida pela KPMG. O estudo contou com 44 respondentes dos setores de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da América do Sul, sendo nove do Brasil.
Segundo a pesquisa, o objetivo dos investimentos mira a inovação, buscando, entretanto, um equilíbrio entre o esgotamento, que acelerou a transformação na pandemia (77%), e a necessidade de não parar esse processo, que resulta em competitividade e captação de clientes (79%).
O estudo também revela que mais de metade dos executivos (64%) prioriza a compra de novas tecnologias, evidenciando que o investimento digital continua sendo prioridade, e 36% deles fazem com o desenvolvimento das habilidades e capacidades de seus colaboradores.
“Quando as organizações estiverem mais alinhadas às necessidades e expectativas dos consumidores, e ampliarem a sua fidelização, poderão ganhar competitividade e conquistar ainda mais espaço no mercado”, afirma Felipe Catharino, sócio-diretor líder do segmento de Tecnologia da KPMG no Brasil.
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Para os próximos três anos, as estratégias de crescimento dos CEOs entrevistados envolvem principalmente alianças estratégicas (34%) e crescimento orgânico (18%), mas também contemplam fusões e aquisições (16%), gerenciamento de riscos geopolíticos (16%), empreendimentos conjuntos (11%), e terceirização (5%).
Sobre questões operacionais, as prioridades estão focadas principalmente no aumento da adaptação às mudanças geopolíticas (30%), acelerar digitalização e conectividade (23%), melhorar a proposta de valor para os colaboradores (23%), e executar iniciativas ESG (14%).
“Os executivos do setor confiam no crescimento das suas empresas, veem oportunidades de inovação, e sabem quais são os caminhos para atingirem o sucesso”, afirma Márcio Kanamaru, sócio-líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da KPMG no Brasil e na América do Sul.
Agenda ESG na TI
O relatório destacou ainda dados sobre propósito e agenda ESG das empresas de tecnologia. Para 89% dos respondentes, o propósito corporativo é importante ou muito importante para impulsionar o retorno aos acionistas, melhorar relações com o consumidor, e impulsionar o desempenho financeiro da empresa. Da mesma forma, 84% também consideram que é crucial para posicionar a marca, fortalecer o engajamento dos funcionários e a proposta de valor.
Os líderes entrevistados também analisaram quais são os fatores impulsionadores das iniciativas ESG e quais são um obstáculo. Mais da metade deles (59%) argumentaram que a adoção de uma estratégia social proativa deve ser o caminho, escolha que busca responder às demandas sociais ligadas a uma maior inclusão, diversidade e equidade dentro das empresas. Significa que as políticas de equidade, inclusão e diversidade devem ser favorecidas dentro da organização em posições de liderança para tornar a agenda ESG mais visível.
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