Carros autônomos estão na mira dos hackers

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11:08 am - 25 de fevereiro de 2015
A prioridade atual das montadoras é acelerar a estratégia de carros autônomos. Mas essa evolução vem acompanhada de uma ameaça crescente: os hackers, que passam a mirar a invasão de veículos do tipo. 

“Há uma movimentação crescente para roubar informações de carros autônomos”, afirmou Ilton Duccini, gerente sênior de Segurança da Informação da consultoria EY, no IT Forum Debate “Cibersegurança: como sua empresa trata o compartilhamento de dados”, realizado na terça-feira (24/2) na sede da IT Mídia, em São Paulo. Mas, segundo ele, o Brasil começa a se preocupar com a questão.

Tanto é que pesquisa realizada pela EY aponta que o investimento em segurança deverá crescer 52% neste ano em todo o mundo. Além da perda de informações privadas, a preocupação das companhias gira em torno ainda da possibilidade de o hacker assumir a condução do veículo, causando acidentes.

“Esse é um problema de terrorismo e não puramente invasão”, opinou na plateia Paulo Espanha, agente de desenvolvimento de negócios no Brasil da CompTia, associação da indústria de TI. Ele completou dizendo que a segurança para carros automatizados vai gerar um ciberterrorismo. 

E ao que tudo indica, a indústria automotiva ainda não está pronta para evitar invasões. A Forbes mostrou em reportagem ontem (24/2) que um menino de 14 anos, que não teve sua identidade divulgada, invadiu um carro conectado com aparente facilidade. A ação fez parte de uma competição de segurança cibernética promovida pela empresa de pesquisa sem fins lucrativos Battelle.

De posse de uma engrenagem eletrônica simples que custou cerca de US$ 15, ele rapidamente ligou o carro de marca não revelada. Ele também ligou os limpadores do vidro e foi capaz de acionar o sistema de música do veículo a partir de seu smartphone. 

Em entrevista à Forbes, Anuja Sonalker, que faz parte do time de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Battellem, disse que a prevenção integral é como uma ‘missão impossível’ e argumentou que, em vez de gerenciamento de ameaças, o caminho é minimizar o dano. Para isso, melhores padrões e sistemas de detecção, bem como a cooperação entre o governo e fabricantes, é crucial, afirmou.

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