Canais na América Latina e Caribe já têm serviços como principal oferta
Pesquisa da TD Synnex identifica também que segurança e redes são prioridade, ao contrário do ESG na região
Canais parceiros na região da América Latina e Caribe estão cada vez mais voltando-se para serviços como principal oferta em seus modelos de negócio, identificou um estudo realizado pela TD Synnex, que buscou entender as visões e expectativas dos canais em relação aos seus negócios, desempenho e estratégias, bem como o cenário de adoção de tecnologia por seus cientes, os usuários finais.
De acordo com a pesquisa anual “Direction of Technology”, as vendas de hardware continuam importantes, mas sua participação está mudando para modelos de consumo e ciclo de vida do produto. 84% dos parceiros da região aumentarão as vendas de serviços profissionais nos próximos 3 anos e 82% aumentarão as vendas de serviços gerenciados. As conclusões do relatório regional se baseiam na segmentação dos resultados de pesquisa realizada com 550 canais parceiros da TD Synnex, abrangendo a Europa, a região Ásia-Pacífico, a América do Norte e a América Latina e Caribe (LAC).
“Os parceiros da região estão realmente se preparando para uma realidade em mudança e ajustando suas prioridades e ofertas, como os canais em outras partes do mundo, mas de maneira diferente, correspondendo à sua situação e a de seu ecossistema”, disse Otavio Lazarini Barbosa, vice-presidente sênior da TD Synnex para a América Latina e Caribe. “Em nossa região, aspectos prioritários para a maioria dos canais ouvidos nos 60 países em que foi feita a pesquisa – como ofertas de Inteligência Artificial e Machine Learning, ou a importância de iniciativas ESG – são superados por outros, como segurança cibernética, rede, infraestrutura e nuvem híbrida”.
Segurança e redes são prioridade
A segurança foi a principal fonte de receita nos últimos 12 meses, com 65% das respostas na região. Entre as principais fontes de receita durante este ano, os participantes mencionaram a segurança, em primeiro lugar (73%), seguida por redes (60%) e servidores e armazenamento (53%). Esses resultados refletem o papel dos canais, que fornecem ao mercado mais de 90% dos sistemas de segurança.
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O estudo também identificou que a nuvem híbrida será uma área importante de investimento no curto prazo. Para os próximos 24 meses, segurança (61%) e redes (45%) são as primeiras entre as 8 tecnologias de maior relevância para os clientes; a nuvem híbrida e a infraestrutura de servidores e armazenamento estão em terceiro lugar (40%); em seguida estão a infraestrutura em hiperescala (38%), automação (35%), IA/ML (27%) e análise de dados (25%).
Quatro em cada dez parceiros reconhecem a nuvem híbrida como um ambiente importante para seus investimentos nos próximos dois anos e, de fato, 29% a consideram prioritária em relação aos investimentos em IA.
Desafios a serem superados
Para três quartos dos parceiros de negócios, o aumento da concorrência e a pressão sobre as margens são os principais desafios atualmente. Quase 7 em cada 10 afirmam que um dos principais desafios é atrair e reter talentos e, para 45%, esse continuará sendo o caso nos próximos 2 anos.
Nos últimos 12 meses, as expectativas de receita dos canais parceiros na América Latina caíram ligeiramente; no entanto, mais de 70% esperam ver algum crescimento em 2023.
Para o próximo ano, o investimento se concentrará no conhecimento, de acordo com os entrevistados. As prioridades de investimento dos participantes são: treinamento e certificação em tecnologia (com 77% das respostas), geração de demanda e marketing digital (74%) e investimento em padrões de segurança cibernética (66%). Em seguida estão áreas como planejamento de negócios, gestão e aquisição de talentos, gestão do ciclo de vida do produto, soluções ESG e comércio eletrônico.
O estudo, entretanto, identificou que o ESG ainda não é uma prioridade na América Latina entre os entrevistados. Apenas 8% dos parceiros da região oferecem atualmente soluções de credenciamento e relatórios de ESG, em comparação com 33% na América do Norte e 32% na Europa. Apenas 16% planejam oferecê-las nos próximos dois anos.
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