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Brasileiro usa mais pagamentos digitais – e abandona os cheques

Meios de pagamento digitais cresceram na preferência dos brasileiros, sendo comuns para 52% – sendo que 49% já compraram usando aplicativos e 40% fizeram pagamentos sem contato durante 2021. Todos os percentuais subiram se comparado ao estudo feito um ano antes pela FIS em parceria com a Ipsos. A pesquisa – chamada Pace Pulse – também observou maior aceitação de QR Codes (31%) e BNPL (Buy Now Pay Later, com 13%).

Segundo as responsáveis pelo levantamento, a mudança de hábitos é reflexo da disponibilidade de ferramentas. A chegada do Pix é um exemplo: segundo o Banco Central, o volume financeiro de transações via Pix registrado no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) foi de R$ 622,4 milhões em dezembro de 2021, crescimento de 451% frente a janeiro do mesmo ano.

Leia também: Maioria dos consumidores não entende o que é Open Banking

Segundo Marcelo Góes, head de soluções e produtos da FIS para América Latina, os consumidores estão se sentindo mais seguros com os pagamentos digitais. “O Pace Pulse mostrou que 47% dos brasileiros afirmam ter reduzido a utilização do dinheiro em espécie em 2021”, comenta o executivo, em comunicado.

O estudo também detectou que todas as faixas etárias tiveram significativa adesão aos pagamentos via aplicativos e sem contato. Pessoas entre 18 e 40 anos são as que mais aderiram, sendo o método preferido por 61% dos Young Millennials (de 25 a 29 anos), 57% da geração Z (de 18 a 24 anos) e 51% dos Senior Millennials (de 30 a 40). Embora em menor proporção, os consumidores das gerações X (41 a 55 anos) e Baby Boomers (acima dos 55 anos) afirmaram pagar suas compras via app, sendo 45% e 34%, respectivamente.

O estudo da FIS é realizado há dois anos no Brasil. A pesquisa ouviu cerca de 2.000 adultos de cinco diferentes gerações, entre 18 e 74 anos de idade, entre outubro de 2020 e agosto de 2021.

Cheques aposentados

Ao contrário dos digitais, um meio de pagamento bastante analógico tem caído cada vez mais em desuso. Os cheques mantiveram tendência de queda, e em 2021 o número de compensações feitas nessa modalidade caiu para 218,9 milhões, redução de 93,4% em relação ao ano de 1995, início da série histórica, quando foram compensados 3,3 bilhões de “papéis”.

Na comparação com 2020, a queda foi de 23,7%. As estatísticas têm como base a Compe – Serviço de Compensação de Cheques – do Banco Central, e divulgados pela Federação Brasileira de Bancos, a Febraban.

Os dados também apontam redução no volume financeiro movimentado via cheques: de R$ 2 trilhões em 1995 para R$ 667 bilhões em 2021, queda de 67,4%.

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