Brasileira Zenvia quer no mínimo US$ 150 milhões com IPO na Nasdaq

Zenvia retoma oferta de ações adiada em maio frente à instabilidade do mercado; IPO pode ser concluído já na próxima semana

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2:10 pm - 15 de julho de 2021
Zenvia Cassio Bobsin, CEO e fundador da Zenvia (Divulgação)

Após adiar sua oferta pública inicial na Nasdaq em maio, devido à instabilidade do índice da bolsa americana na época, a Zenvia anunciou esta semana que seguirá com os planos do IPO. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (Securities and Exchange Commission), a desenvolvedora brasileira de sistemas de comunicação entre empresas e clientes informou que pretende arrecadar US$ 199 milhões com a oferta de capital – muito embora cite um mínimo de US$ 150 milhões no comunicado enviado à imprensa.

O montante é inferior aos US$ 250 milhões buscados anteriormente.

Mesmo assim, o valor pode chegar ao planejado em maio com a compra de um lote adicional de ações no total de US$ 50 milhões pela Twilio, empresa do Vale do Silício que também atua no fornecimento de soluções de engajamento com clientes e é avaliada em US$ 6,6 bilhões. A operação com a companhia americana corre em paralelo ao IPO, que pode ser concluído já na próxima semana.

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Fundada em 2003 em Porto Alegre, a Zenvia possui uma plataforma que permite às empresas conectar diferentes canais, como SMS, WhatsApp, Facebook Messenger, voz, chatbots e IA, com seus sistemas de gestão.

Em janeiro do ano passado, recebeu um aporte de US$ 54 milhões que auxiliou no início do sua expansão para a América Latina, iniciado a partir do México. Como parte da estratégia, migrou sua sede para São Paulo, de onde opera o atendimento a mais de 9,5 mil clientes ativos.

A Zenvia registrou uma receita de quase R$492,5 milhões em 2020, crescimento de 28% em relação ao ano anterior. Em março, a candidata a se tornar unicórnio em 2021 anunciou a fusão com a startup D1, especializada em softwares para digitalizar operações do varejo, bancos e seguradoras.

O processo de abertura de capital é coordenado por Goldman Sachs, Morgan Stanley, Banco Bradesco, Itau BBA, UBS Securities, XP Investmentos e LLC.

* matéria corrigida em 16/07 para retificação de valores para dólares (não reais, como constava anteriormente)

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