Brasil é o 4º país mais atacado na América Latina, diz Eset; Peru lidera

Telemetria da Eset detectou mais de 2,6 milhões de amostras únicas de malware na região, no período; Peru tem 35% dos ataques

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6:30 pm - 30 de outubro de 2024
Imagem: Shutterstock

O Brasil foi o quarto país na América Latina com mais ameaças digitais detectadas pelo sistema de telemetria da Eset durante o primeiro semestre de 2024. O monitoramento da empresa de cibersegurança mostra que o País recebeu 7,76% dos registros, mas o Peru foi o efetivamente mais atacado.

O ranking indica que foram 909 mil ataques no Peru (35%); 351 mil no México (13%); 204 mil no Equador (7,84%), 201 mil no Brasil (7,76%) e 172 mil na Argentina (6,62%).

“O Peru tem maioria de usuários domiciliares, enquanto países como Brasil, México e Argentina contam com mais usuários corporativos, e isso explica o destaque do país nesse ranking”, explica Camilo Gutierrez Amaya, chefe de pesquisa da Eset na América Latina. “Usuários domiciliares dispõem de menos recursos para segurança digital, tanto em proteção tecnológica quanto em práticas de prevenção.”

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Segundo a empresa, a América Latina foi alvo de 2,6 milhões de amostras únicas de malware nos primeiros seis meses de 2024, incluindo injetores, trojans, downloaders, worms, exploits, backdoors, spyware, rookits e droppers. No mundo todo, esse número foi de 4 milhões no mesmo período.

O phishing, apesar de ser uma das técnicas de engenharia mais utilizadas há mais de 20 anos, continua a ter um enorme impacto no mundo da cibersegurança, com 1.874.913 amostras exclusivas detectadas na região.

Windows: principal alvo

Segundo a ESET, o sistema operacional que continua a ser mais explorado pelos cibercriminosos é o Windows, em diferentes arquiteturas, muitas já sem suporte oficial do fabricante. Embora o OS da Microsoft lidere os softwares mais ameaçados, outros também são alvo dos cibercriminosos, como o Msil e o JavaScript.

Em termos de tipos de ameaça, os códigos maliciosos mais observados pela telemetria da Eset foram os chamados códigos “injetores”, que buscam inserir códigos maliciosos em processos legítimos do sistema para realizar ações maliciosas. Isso inclui baixar malwares adicionais com capacidade de monitorar atividades da vítima ou controlar o computador remotamente.

Em segundo lugar está o trojan “Kryptik”, vetor de infecção inserido em anexos maliciosos de e-mail, softwares piratas e assistentes de atualização falsos. Assim como outras variantes, seu principal objetivo é roubar informações financeiras das vítimas, falsificar identidade para realizar fraudes e incluir o dispositivo infectado em uma botnet.

No terceiro lugar do ranking está o malware “Expiro”, worm que afeta sistemas operacionais Windows. Quando o dispositivo é infectado, se torna parte de uma botnet que rouba informações das vítimas e usa recursos do computador para realizar ataques de negação de serviço (DoS).

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Redação

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