Bradesco amplia parceria com IBM para explorar criptografia pós-quântica

Projeto piloto utilizará tecnologia da IBM que buscará por criptográficos e vulnerabilidades no Open Finance do banco

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7:58 pm - 01 de agosto de 2023
Imagem: Shutterstock

De olho no futuro da computação quântica, o Bradesco, por meio do seu ecossistema de inovação inovabra, anunciou que ampliará seu relacionamento com a IBM para explorar e avaliar o uso de criptografia quântica segura. Inicialmente, será utilizada a aplicação do Open Finance do banco como projeto piloto para implementar o IBM Quantum Safe.

A tecnologia da IBM varre e localiza criptográficos, pendências e vulnerabilidades. Isso permitirá ao Bradesco criar um Inventário de Materiais Criptográficos (CBOM) para melhor planejar, implementar e aplicar na prática a tecnologia de criptografia pós-quântica.

O Bradesco lembra que o setor financeiro já utiliza normalmente a criptografia para transações bancárias, certificados digitais, armazenamento dos dados, entre outros. Agora, os especialistas, por meio do IBM Quantum Safe Explorer, ajudarão o banco a identificar potenciais algoritmos criptográficos vulneráveis nos seus sistemas, auxiliando na identificação de aplicações sob risco de ataques usando computação quântica.

Com base nessa avaliação, o Bradesco planeja criar uma metodologia para identificar outras aplicações que possam se beneficiar de tecnologias de criptografia pós-quânticas seguras e prepará-las para integrar os algoritmos resistentes a futuros computadores quânticos criptograficamente relevantes.

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“Uma das consequências da computação quântica em larga escala no futuro pode ser seu impacto nos sistemas de proteção de dados. Entendemos que nossa preparação é prioridade neste momento. Afinal, a segurança é inerente à nossa missão como banco”, afirma Cíntia Barcelos, diretora de tecnologia do Bradesco.

O Bradesco também anunciou que agora integra o IBM Quantum Network para explorar as aplicações da indústria de computação quântica. Ao aderir à esta rede, o Bradesco passa a ter acesso à expertise e aos softwares quânticos da IBM.

Com o movimento, o Bradesco busca ampliar as experimentações com a computação quântica, que vêm sendo realizadas desde 2021, incluindo experimentos em otimização, (distribuição de caixa e otimização de portfólio); forecasting (projeção de variáveis macroeconômicas) e simulação (precificação de derivativos e análise de risco)

“À medida que as capacidades da computação quântica avançam, isso pode nos permitir um dia ver uma maior eficiência operacional e a resolução de problemas que atualmente são considerados difíceis para os computadores clássicos. Esperamos que a tecnologia possa ser amplamente utilizada em um período de 5 a 10 anos”, diz Cíntia.

O banco também afirma estar investindo em treinamentos científicos para equipar seu time de TI e base de funcionários com o conhecimento necessário para iniciar o planejamento da integração da tecnologia quântica em suas operações.

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