BlackBerry venderá serviço corporativo com SIM Card virtualizado em 2015

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4:49 pm - 18 de novembro de 2014
Até pouco tempo, a BlackBerry liderava isolada o mercado corporativo. No Brasil, em 2012, os smartphones da empresa estavam presentes em 47% das 200 organizações do País, segundo a consultoria IDC. Mas com o advento do iPhone e dos aparelhos Android, a empresa canadense viu sua participação no mercado cair. Foi, então, que ela mudou seu posicionamento e passou a mirar o gerenciamento e a segurança de dispositivos móveis.

Como parte de sua estratégia de gerenciamento móvel, a empresa está investindo, entre outras coisas, em soluções para garantir a separação das vidas corporativa e pessoal. A fabricante afirmou hoje (18/10) em coletiva de imprensa que está em conversas avançadas com operadoras no Brasil para realizar a oferta de um serviço que inclui SIM Card virtualizado para possibilitar a divisão dos dois universos. A expectativa é de que o produto seja comercializado a partir de março de 2015.

Segundo Erlei Guimarães, diretor de negócios e vendas corporativas da BlackBerry para América Latina Sul, o modelo de negócios está em discussão com todas as teles. “Estamos presentes em 175 países e temos negócios com 665 operadoras em todo o mundo. Algumas localidades já devem lançar a oferta neste ano”, diz.

Guimarães explica que o serviço da BlackBerry permitirá que empresas adicionem uma linha corporativa ou pessoal independentemente do aparelho por meio de um único chip. Antes, essa divisão era feita a partir de soluções instaladas nos dispositivos e não no chip. O SIM Card virtualizado vai identificar as atividades relacionadas ao universo pessoal e enviar a cobrança pelo uso de comunicação por voz, SMS e dados para a casa do usuário e a corporativa para a empresa, sem a necessidade de apresentar e processar relatórios de gastos ou cobrir despesas. Esse modelo elimina ainda a necessidade de carregar dois aparelhos, como normalmente acontece.

A movimentação para chegar ao desenho dessa oferta ganhou força com a compra em setembro deste ano da inglesa Movirtu, startup que trabalha com uma plataforma virtual que permite o uso de dois números distintos em um mesmo aparelho, sem a necessidade de ambos os chips de operadora em um mesmo dispositivo móvel.

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