Bancos investem R$ 21,5 bilhões em TIC no Brasil em 2014
Os bancos brasileiros direcionaram R$ 21,5 bilhões para tecnologia da informação e telecomunicações em 2014, segundo dados da “Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária”, realizada pela Federação Brasileira de Bancos.
O valor representa crescimento de 6% em comparação com os R$ 20,8 bilhões investidos no ano passado. No geral, os bancos representaram, em 2014, 18% dos investimentos totais calculados em US$ 59 bilhões em tecnologia da informação no País.
“As despesas, de modo geral, mostram que os bancos estão preocupados com medidas de eficiência”, relata Gustavo Fosse, diretor Setorial de Tecnologia Bancária da Febraban, completando que o País se consolida como um dos maiores investidores em TI no mundo.
Atualmente, os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar no ranking de investimentos, seguidos por Japão e Inglaterra. O Brasil está posicionado na sétima colocação, mas à frente de vizinhos latino-americanos como México, Argentina e Chile.
Para onde vão os gastos?
Hardware é maior fatia de investimentos realizada pelos bancos em 2014, com 43% das compras, salto de 6% na mesma base de comparação. No ano passado, hardware representava 41%.
O crescimento em hardware foi pontual em alguns bancos, de acordo com a Febraban, em razão do aumento da capacidade e da modernização de armazenagem de dados, como foi o caso do banco Itaú.
Apesar de um 2014 marcado por renovações e aberturas de data centers no Brasil, Fosse destaca os investimentos em software. A taxa anual composta de crescimento de software, de 2010 para 2014, foi de 16%. “Esse quadro mostra a busca pela eficiência operacional, conveniência e experiência”, explica o executivo.
Desenvolvimento de aplicações com recursos internos foi o tipo de gasto que mais cresceu nos últimos cinco anos: 47%. O dado mostra que os bancos estão preocupados em cria capacitações e ofertas diferenciadas.
Já novos desenvolvimentos/manutenções evolutivas representaram 57% dos gastos com desenvolvimento em 2014, seguidos pela manutenção corretiva/sustentação, com 24%. Por fim, investimentos com regulamentação e legislação representam 12%.