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Autodesk lista 3 tendências que mudarão o futuro da tecnologia

Cinquenta anos atrás, visualizar o mundo como o temos hoje era o mesmo que imaginar um enredo de ficção científica. Ultraconectividade, dispositivos móveis dando acesso ao consumo e produção de conteúdo em qualquer lugar, inteligência artificial como secretária pessoal e smartphones com capacidade de armazenamento e processamento superiores a antigos data center eram difíceis de imaginar.

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E a previsão para o futuro, com uma diferença de espaço infinitamente menor, é igualmente aterradora. Durante a abertura da segunda edição brasileira do evento mundial Autodesk University, o vice-presidente sênior de vendas e serviços da empresa, Steve Blum, citou três tendências que vão ditar os rumos da computação e, como consequência, interação humana e mercado de tecnologia. São elas: fabricação digital de produtos físicos, inteligência para ambientes e computação infinita.

A Autodesk é uma empresa responsável pela produção de softwares de design e projetos, como o Autocad,utilizado comumente na construção civil. “As coisas estão realmente ficando mais complexas. Mas tudo bem. Quando venho ao Brasil, vejo oportunidades em todos os lugares. Em tempos como este, cheio de complexidade e disrupção, pessoas e companhias se tornam grandes”, disse aos milhares de presentes no auditório do evento, realizado em São Paulo, capital.

A fabricação digital é permitida, segundo Blum, pela utilização de impressoras 3D . “Qualquer um poderá desenhar e fabricar coisas. A fabricação digital está trazendo o processo de manufatura para onde não havia essa possibilidade”, contextualizou, citando, como exemplo, estudos da Nasa para imprimir objetos em um ambiente de gravidade zero. Imagine uma emergência aeroespacial, ambiente que, obviamente, não conta com fornecimento algum de produto que possa salvar a vida dos tripulantes da nave. Agora imagine uma impressora 3D oferecendo o item, como se fosse um passe de mágica.“Esta é uma mudança significante”, disparou. Quando o conceito é extrapolado para a escala nanométrica, as oportunidades são ainda mais interessantes. Produzir itens impossíveis de se ver com o olho nu revolucionará muitas áreas da economia, não somente a indústria tecnológica. “Isso permitirá resolver problemas em várias indústrias, como a medicina”, contou Blum.

Falando agora da segunda onda, a de inteligência em ambientes, temos o conceitos como o de smarter building, que já desponta em diversas experiências. Uma delas, citadas pelo executivo, é um prédio construído em Xangai (China). Figurando na lista de maiores do mundo, a estrutura foi feita levando em consideração o melhor uso da luz solar, a melhor estabilidade em relação a fortes ventos e terremotos, etc. Outro ponto citado foi em escala menor: sistemas embarcados em tênis da Nike, que coleta dados por meio de sensores para garantir ao usuário métricas, como quilometragem percorrida e velocidade do trajeto. “Isso auxilia quem gosta de correr a medir o desempenho, trazendo uma experiência de serviço ao usuário final. Mas usando o sapado você coleta informações que ajudam a Nike a fazer um sapato melhor para você”, comentou. Esse é o Big Data!

Agora vamos a algo que faz arregalar os olhos: computação infinita. É chover no molhado explicar como a capacidade das máquinas cresceu e continua a crescer, em um espiral que parece não ter fim. Semana passada foi lançado no Brasil, por exemplo, um smartphone com capacidade de 2 GHz de processamento. Tudo isso, em apenas um aparelho. E ao mesmo passo em que a escala de capacidade aumenta, o custo diminui. E a tendência é custo zero em computação.

“Já falei sobre computação infinita no ano passado aqui no Brasil durante a Autodesk e repito. A computação infinita já está acelerando os processos hoje, mas vai mudar o desenho do futuro. Pensamos computação de forma completamente errada”, afirmou, detalhando que olhamos hoje a tecnologia como um facilitador, porém, limitador por diversos motivos – capacidade, número de máquinas, falta de espaço. Com a massificação do conceito de cloud computing, o impacto é direto. “A cada ano o poder computacional dobra. Mas com a nuvem, podemos resolver em segundos problemas que levariam horas”, disse.

Segundo o executivo, isso traz uma quebra de paradigma na forma como estamos acostumados a produzir e pensar tecnologia. “Os computadores estão mais poderosos e mais baratos. Precisamos mudar nosso modo de pensamento e pensar na computação como uma fonte infinita, e não limitadora”, contextualizou. Desta forma, o dueto “The Cloud + The Crowd” [a nuvem e a multidão, em tradução livre], é o conceito de massificar a produção por meio da internet, geram oportunidades, assim como a computação, infinitas. “Milhões de máquinas e milhões de cabeças juntas. Podemos levar a sociedade a um outro nível”, concluiu.

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