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Apesar da pandemia, empresas brasileiras devem aumentar investimentos em TI

Empresários brasileiros estão entre os mais otimistas globalmente, ao menos quando se trata de investimentos futuros em tecnologia da informação em seus negócios. É o que revela uma pesquisa da Grant Thornton, segundo a qual 80% dos entrevistados brasileiros preveem aumento dos aportes em TI, enquanto a média global é de 51%.

Pesquisa e desenvolvimento devem ganhar mais atenção para 68% dos empresários no Brasil (o índice médio global é de 44%). Investimentos em habilidades da equipe são importantes para 70% no Brasil e 45% na média global. Para 60% dos brasileiros, as instalações e máquinas devem receber mais investimentos, contra uma média global de 38%.

O estudo realizado pela Grant Thornton em dezembro de 2020 ouviu cerca de 5 mil empresários de 29 países. O objetivo foi analisar o otimismo em relação à economia nos próximos 12 meses.

“Impulsionadas pela pandemia, muitas organizações tiveram de buscar na tecnologia maneiras para transformar seu modelo negócio e conseguir sobreviver economicamente”, diz em comunicado Marcos Tondin, sócio da área de tecnologia e soluções da Grant Thornton Brasil.

Nem tudo são flores

Empresários apontaram também entraves que dificultam a expansão dos negócios. Incertezas econômicas, burocracia e excesso de regulamentação são os maiores para 58% dos entrevistados brasileiros, a disponibilidade de mão de obra qualificada é empecilho para 53%, seguida de escassez de pedidos / demanda reduzida (52%). O custo de energia (48%) e a escassez de financiamento (47%) também estão entre os principais entraves, com índices muito próximos aos da média global.

Com relação ao salário de funcionários, somente 15% acredita que haverá aumento real nos próximos 12 meses, índice abaixo da média global, que ficou em 21%.

Para Daniel Maranhão, CEO da Grant Thornton Brasil, apesar do otimismo com relação à recuperação da economia nos próximos 12 meses em diversos países, principalmente no Brasil, o cenário não é dos mais favoráveis.

“É importante lembrar que ainda estamos num cenário nebuloso. Não sabemos ao certo qual a velocidade da vacinação no Brasil e, principalmente, se o atual ambiente político brasileiro permitirá a aprovação das importantes reformas”, diz. “De qualquer forma, é fundamental para o país que as empresas mantenham seus investimentos no curto prazo, mas sempre com o pé no chão, pois o cenário ainda requer prudência.”

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