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Alô, startup! Cultura organizacional não é quadro na parede e puff no chão

A cultura organizacional das startups tem sido um tema recorrente nos últimos anos. Não é raro que os aspectos mais importantes e fundamentais sejam colocados como a presença de puffs, sinuca, cesta de basquete e benefícios que, na verdade, são secundários ao real objetivo de uma empresa com alto potencial de crescimento: a execução de tarefas e o alcance de metas.

Tem sido cada vez mais comum reportagens, em grandes portais, falando de supostos “benefícios de startup que você nunca verá nas grandes empresas”,  o que reforça essa visão míope da cultura de empresas de tecnologia, destacando questões como o dress code, andar descalço, levar pet e outros hábitos superficiais que são importantes para o bom convívio, mas que são consequência de muito trabalho duro.

Gosto muito da resposta do Felipe Witt, Growth Marketing Manager na startup catarinense Meus Pedidos, em seu artigoNO BULLSHIT: Os 7 verdadeiros benefícios de startup“, à essa proposta que trabalhar em startup é sinônimo de “pegar leve”. Ele foi preciso ao destacar “crescer mais de 100% ao ano” e “ter real autonomia e responsabilidade” como verdadeiros benefícios de uma empresa com alto potencial de crescimento.

Nesse modelo de negócio, se sobressai a construção conjunta do progresso da empresa, sendo assim, os espaços de descontração geralmente estão ocupados por muito trabalho e são usados para incentivar a interação e produção da equipe e não o inverso. Nas startups prevalece o espírito de time e muitas das ações são executadas em grupos. Autonomia, responsabilidade, transparência e agressividade nas metas são ingredientes fundamentais para o crescimento acelerado dessas empresas e de seus colaboradores. 

Dessa forma, posso dizer que uma cultura clara e bem comunicada é o componente necessário para proporcionar esses reais benefícios citados pelo Witt. E como cultura entendo proatividade, companheirismo, liberdade de comunicação, horizontalidade, persistência e – por que não? – um pouco de loucura.

O ambiente descontraído, a decoração descolada e os horários flexíveis são apenas alguns dos possíveis produtos da cultura de uma startup. Ainda assim, é sempre importante pontuarmos suas bases reais: trabalho duro e companheirismo. A cultura pode e deve ser encarada como um elemento facilitador para que os objetivos de uma empresa possam ser conquistados. Os demais benefícios são apenas um desdobramento natural de uma cultura alinhada e saudável.

 

(*) André Rodrigues é CEO da mobLee

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