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AI será tão essencial para a medicina quanto a energia elétrica

A nossa maior riqueza é a saúde. Para uma vida longa e plena, é essencial que a nosso corpo esteja saudável. Isso, inevitavelmente, passa pela medicina. Com o surgimento da ciência, ganhamos ferramentas importantes para sobreviver aos infortúnios diários. Apesar do avanço, no entanto, o erro hospitalar é uma das principais causas de morte dos pacientes. Aproximadamente 440 mil norte-americanos morrem por ano como consequência de equívocos e quase 86% das mortes são evitáveis.

A redução desses números passa obrigatoriamente pela implementação das inovações tecnológicas que estão sendo desenvolvidas para o setor. A inteligência artificial (AI), por exemplo, caminha para ocupar todos os lugares. Em breve, não existirá nenhum setor ou especialidade que não sofreu algum impacto dessa tecnologia. E a saúde segue exatamente na mesma direção.

Desde a detecção precoce de doenças até o diagnóstico, onde acontecem alguns dos maiores erros. Do desenvolvimento de medicamentos à pesquisa clínica. A AI ajudará a melhorar os resultados com prazos menores e custos reduzidos. Os sistemas se apoiarão em metodologias comuns de comparação de sintomas e um enorme banco de dados de casos anteriores para fornecer uma análise assertiva.

A AI pode examinar imagens médicas, como raios X, tomografia computadorizada e ressonância magnética para fornecer feedback sobre o que provavelmente passaria despercebido pelo olho humano. Condições crônicas também serão combatidas com mais precisão. Câncer, diabetes e doenças cardíacas devem receber tratamentos mais acurados por terem padrões bem definidos e facilmente identificados.

A medicina de precisão, ramo da biologia molecular que lida com a estrutura, evolução, função e mapeamento de genomas também será prontamente melhorada. A ciência é responsável por buscar conexões para doenças a partir das informações obtidas do DNA. Combinada com inteligência artificial, será possível detectar doenças complexas em estágio precoce e ajudar a prevenir problemas de saúde com base nos genes dos pacientes.

Outra aplicação ainda mais simples e que já estamos vendo são os bots de assistência médica, usados para agendar consultas com o prestador de serviços de saúde do paciente. Esses bots também podem ajudar pacientes com medicação e melhorar o atendimento oferecendo suporte ininterrupto.

As mudanças proporcionadas pelos avanços na área estimulam o debate sobre a substituição dos médicos pela tecnologia no futuro. Algumas especialidades serão certamente dominadas pela AI, mas novas funções surgirão e os médicos já estão passando por um processo de transformação, como acontece sempre que estamos diante de uma tecnologia disruptiva. Desde a revolução industrial até a chegada da internet, passamos por momentos parecidos.

No entanto, a AI ajuda os médicos humanos a tomarem melhores decisões e com isso o tempo será direcionado para o que é mais importante. O setor da saúde é complexo e altamente regulado, por isso tem resistido tanto à reinvenção tecnológica em comparação com outros setores. Mas é inevitável que a transformação aconteça. O movimento que potencializa a conexão entre máquinas e hospitais já começou. Em breve, a inteligência artificial será tão fundamental para os médicos quanto a internet ou energia elétrica.

*Diego Figueredo é CEO da Nexo AI

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