Agtechs têm quase US$ 650 milhões de investimento desde 2017
Brasil concentra aproximadamente 80% da fatia desse mercado
O Brasil é o maior mercado de agtechs da América Latina, com 76,5% do total, seguido por Argentina e Colômbia, com 8,3% e 4,3% respectivamente, de acordo com dados da pesquisa Agtech Report 2023, realizada pelo Distrito. Na comparação com outros setores, um percentual relevante de startups agro se instalou perto de seus mercados consumidores, fazendo com que a região do Centro-Oeste do Brasil, por exemplo, tivesse maior expressão no número de soluções.
Desde 2017, quase US$650 milhões foram investidos nas agtechs latino-americanas. O ano de 2022 atingiu o recorde, com maior quantidade e volume de deals em relação a anos anteriores. Esse cenário contrasta com a tendência do mercado tradicional de Venture Capital, que apresentou um declínio no volume de investimentos em 2022.
O Brasil concentra quase 80% de todo o investimento na região. “O volume de investimentos em agtechs mais significativo, assim como nos demais ramos de inovação, ocorre em Series B e Series C, já a maior concentração de deals ocorre nos estágios de Pré-Seed e Seed”, conta Eduardo Fuentes, head de Research do Distrito.
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Em relação às categorias com maior número e volume de deals, destacam-se “Gestão e Gerenciamento”, com 90 investimentos que somam mais de US$ 186,7 milhões e “Produção” com 167 investimentos, atingindo a marca de U$S 286,7 milhões.
Linha do tempo das agtechs
A partir de 2014, a aceleração do número de fundações de agtechs é notável, saltando de 58 startups fundadas em 2014 para 80 em 2015, 104 em 2016, até chegar em seu pico com 105 em 2017. A eventual desaceleração observada, principalmente a partir de 2021, reflete uma maior dificuldade em mapear empresas nascentes desse mercado.
As soluções destinadas à produção do agronegócio são as mais representativas do mercado, com 48,3% do total. A agricultura de precisão lidera como a maior subcategoria das startups agro, com 17,7% do total.
“Desde 2014, foi visto um crescimento na fundação dessas empresas e o Brasil em particular, tornou-se o epicentro desse movimento”, explica Gustavo Gierun, cofounder e CEO do Distrito.
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