6 passos para garantir o sucesso de um novo projeto low code
Especialista destaca etapas importantes para superar desafios encontrados na implementação de tecnologias low code ou no code
Cada vez mais empresas estão adotando plataformas low code e no code para criar aplicativos e automatizar processos de forma mais ágil e fácil. Prova da popularidade dessas tecnologias está uma estimativa do Gartner que prevê que cerca de 65% dos aplicativos de negócios serão desenvolvidos com plataformas de low code e no code até o ano que vem. Outro relatório da IDC prevê que as vendas de plataformas no code crescerão a uma taxa anual de 13,9% e as de low code aumentarão em 14,1% até 2026.
“Embora possam ser utilizados com vantagens por pessoas sem formação ou treino na área de tecnologia, o low code/no code auxilia bastante também o desenvolvedor profissional, automatizando algumas tarefas e economizando tempo para que ele execute rotinas mais complexas que agregue maior valor ao negócio. Com isso, também pode se especializar em determinadas linguagens e abordagens, atuando em nichos bastante demandados do mercado”, explica Jair Silva, service delivery Manager da Nava Technology for Business.
Na prática, o low code facilita a criação de aplicativos com pouco ou nenhum código, permitindo que os usuários arrastem e soltem componentes para gerar uma interface e definam a lógica usando ferramentas visuais de fluxo de trabalho. Já o no code é uma abordagem ainda mais simplificada, que pode ser usado por pessoas sem habilidades de programação que não precisam escrever uma única linha de código.
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No entanto, Silva lembra que as abordagens low code/no code ainda enfrentam desafios. Um deles é o preço de aquisição das plataformas, ainda relativamente alto para pequenas e médias empresas. Há também a necessidade de garantir a segurança dos dados e a qualidade dos aplicativos criados, além de evitar que seu uso limite a flexibilidade e a personalização dos aplicativos.
Outra questão apontada pelo especialista diz respeito à governança, com cuidados com aspectos como padronização, documentação e gerenciamento de acessos. “As empresas também devem priorizar o uso das plataformas para a criação de programas realmente necessários, evitando o excesso de iniciativas que acabam por prejudicar o negócio”, aconselha.
Pensando nesses desafios, Silva oferece na lista abaixo algumas dicas para o uso eficiente das plataformas low code/no code em novos projetos.
Defina seus objetivos
Antes de começar a usar o low code/no code, é importante ter clareza sobre o que a empresa quer alcançar com a ferramenta. Qual é o problema a ser solucionado? Quais são as funcionalidades necessárias no aplicativo? Definir seus objetivos e requisitos desde o início ajudará e garantirá a construção da solução certa.
Escolha a plataforma correta
Existem várias plataformas de low code/no code disponíveis, e cada uma delas tem suas características e funcionalidades. Ao escolher uma plataforma, certifique-se de que ela atenda às necessidades da empresa e seja fácil de usar.
Comece pequeno
Inicie um projeto simples e vá evoluindo à medida que se familiariza com a plataforma de low code/no code. Focar em um pequeno conjunto de funcionalidades permitirá que você se concentre em aprender como usar a plataforma e a desenvolver habilidades básicas antes de passar para projetos mais complexos.
Explore as opções de personalização
Embora as plataformas de low code/no code ofereçam soluções pré-construídas, é possível personalizar algumas funcionalidades para atender às necessidades específicas do projeto.
Explore as opções de personalização para garantir que o aplicativo atenda aos requisitos específicos do seu negócio.
Aprenda as melhores práticas
Como em qualquer outra área de desenvolvimento de software, existem melhores práticas que você deve seguir ao usar o low code/no code. Invista tempo para que você esteja criando aplicativos de alta qualidade que atendam às necessidades do seu negócio.
Teste e itere
Teste o aplicativo com frequência e faça ajustes conforme necessário. O processo de desenvolvimento é iterativo e as coisas nem sempre saem como planejado. Garanta também que o aplicativo criado consiga ser integrado e comunicar-se com os demais sistemas da empresa.
Silva analisa que para projetos já existentes, é muito importante levar em consideração os custos de manutenção dos códigos gerados, pois o software está dependente da plataforma em que foi desenvolvido.
“É muito difícil fazer manutenção fora da plataforma, porque o ambiente de desenvolvimento possui componentes que são integrados na ferramenta. Em todo e qualquer processo de desenvolvimento existem limitações de solução, seja uma aplicação escrita de forma tradicional ou construída com low code ou no code. Por exemplo, caso exista uma customização muito específica, é recomendada a análise da construção do componente customizado para o processo ou a aquisição de um já pronto e em situações mais extremas, desenvolver de forma tradicional a customização”, ressalta.
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