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5G vai gerar US$ 25,5 bi em negócios B2B no Brasil até 2025

US$ 25,5 bilhões em negócios entre empresas (B2B) gerados nos próximos cinco anos, principalmente por meio de soluções que utilizem Big Data, Analytics, inteligência artificial, nuvem pública e Internet das Coisas (IoT): essas são as perspectivas de impacto no mercado brasileiro viabilizados pela próxima geração de redes móveis, ou simplesmente 5G, no período de que vai de agora até 2025.

São dados de um estudo inédito sobre o impacto do 5G no Brasil – o Panorama sobre a Evolução do 5G e oportunidades para o mercado brasileiro – encomendado pelo Instituto IT Mídia e produzido pelo IDC. São perspectivas positivas, mas que poderiam ser ainda melhores: o estudo estima que a demora para a realização do leilão das faixas de frequência fez com que US$ 2,2 bilhões (cerca de R$ 12 bilhões) em negócios entre empresas deixassem de ser gerados até 2022.

Leia também: 15 empresas vão participar do leilão do 5G. Saiba quais

Apesar de a data do leilão ter sido finalmente marcada pela Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel – 4 de novembro, se nada fizer o processo ser adiado de novo – o processo licitatório tem sido prometido desde 2020. Por isso a estimativa de prejuízo do IDC e do Instituto IT Mídia leva em conta o período entre 2020 e 2022 — ano em que os primeiros benefícios do leilão devem começar a ser colhidos de forma massiva.

“A gente depende, claro, que o leilão do 5G aconteça até o fim de 2021 e as operadoras possam começar os deployments a partir do ano que vem”, diz Luciano Saboia, gerente de pesquisa e consultoria em telecomunicações da IDC Brasil. “São US$ 2,2 bilhões de dólares em receitas que não aconteceram pela falta do serviço disponível no nosso mercado. Mas dá tempo de recuperar.”

Tecnologias emergentes e redes privadas

A velocidade das conexões 5G, somadas à baixa latência e a densidade possível de dispositivos conectados pode alavancar as possíveis aplicações. Jogos por streaming, câmeras de vigilância conectadas, robótica (inclusive em aplicações médicas e cirúrgicas), entre outras possibilidades, são elencadas pelo estudo.

Para que isso aconteça, é necessário o surgimento de um ecossistema de empresas provedoras de soluções no país, boa parte delas startups. O surgimento de novos serviços dependerá, em grande parte, de colaboração entre as operadoras que arrematarão lotes de frequências no leilão da Anatel com integradores de sistemas, fabricantes de equipamentos, de sensores e de dispositivos, entre outros players.

“O ecossistema formado por esses agentes é que efetivamente vai produzir use cases de 5G, onde vai se poder explorar todo potencial da tecnologia”, explica Saboia. “Estamos vendo ao redor do mundo as parcerias sendo formadas entre operadoras e provedores de public cloud, fabricantes de equipamentos, plataformas de IA, software, empresas de data center… é um movimento muito dependente e interligado.”

Para viabilizar essas soluções, o IDC prevê que parcela das empresas investirá em redes privadas, ou privativas. São soluções ofertadas pelas operadoras e que permitem apartar o tráfego de certas aplicações ou empresas das demais, com promessa de mais segurança e desempenho.

Entre 2021 e 2024 o crescimento será de 3,6 vezes na América Latina, passando de US$ 55,4 bilhões para US$ 200,2 bilhões em 2024.

“No estudo do ano passado, também encomendado à IDC, trouxemos como o 5G impacta em um novo arranjo no setor de telecomunicações, com a indústria 4.0 assumindo o papel central, passando a ser responsável pelas implantações. Com as redes privadas, as operadoras se reinventam e voltam a ter papel importante dentro do ecossistema”, aponta Vitor Cavalcanti, diretor geral do Instituto IT Mídia.

Redes privadas prometem atender necessidades específicas empresariais e industriais. Entre os setores com maior potencial, o IDC elenca três: ambientes de missão crítica (mineração, petróleo e gás, governo, segurança pública e transporte), indústria (com foco em automação e indústria 4.0, incluindo manufatura, portos, armazenamento etc) e empresas tradicionais (grandes espaços de evento, estádios, educação, saúde, varejo etc).

No vídeo abaixo, produzido pelo Instituto IT Mídia, Vitor Cavalcanti e Luciano Saboia debatem os principais pontos do estudo.

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