5 tendências que têm motivado a adoção de low-code

Matthew Garst, vice-presidente sênior da Mendix, compartilhou tendências que têm acelerado plataforma de low-code da companhia

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9:00 am - 03 de outubro de 2024
Imagem: Refael Romer/IT Forum

Pressionados pelas demandas das unidades de negócio por entregas cada vez mais rápidas e em maior volume, os times de TI há anos enxergam as plataformas de low-code e no-code como alternativas para atender às exigências de suas organizações.

Algumas tendências, no entanto, estão acelerando esse processo. Segundo dados da Statista, o mercado global de plataformas de low-code foi avaliado em US$ 22,5 bilhões em 2022, mas deve atingir cerca de US$ 32 bilhões neste ano.

Durante o Mendix Transform, principal evento da plataforma de desenvolvimento de aplicações Mendix para clientes e parceiros, realizado nesta quarta-feira (02), em São Paulo, Matthew Garst, vice-presidente sênior da companhia, elencou alguns dos motivos que têm impulsionado o setor nos últimos anos.

“Criar software não é uma tarefa fácil”, disse. “Há muita complexidade em qualquer processo de desenvolvimento de software ou aplicação em que se esteja trabalhando. A complexidade começa desde o princípio, na ideação, e segue durante a construção, o teste e a implementação”. Confira:

“O painel de vidro”

O back-end das empresas está se tornando cada vez mais complexo, composto por múltiplos sistemas diferentes e ambientes únicos de dados. Por conta disso, operadores de TI e funcionários das linhas de negócio precisam estar constantemente “girando em suas cadeiras”, dividindo sua atenção entre diversas aplicações para monitorar toda a corporação. Isso não é nada produtivo.

De acordo com Garst, ferramentas de low-code são uma alternativa para a criação de um “painel de vidro” único, onde todas as informações podem ser monitoradas em um só sistema. O modelo garante mais visibilidade, controle, além de melhorar a eficiência operacional e a experiência dos usuários.

“Se eu pudesse falar sobre uma só tendência com meus clientes, seria essa. Não há nenhuma organização em que pelo menos um executivo sênior não seja assombrado por esse desafio todos os dias”, disse.

Consolidação da TI

Além do potencial de criar um painel único para visualização de sistemas, plataformas de low-code e no-code também podem atuar como ferramentas de consolidação de soluções de TI em uma única plataforma. A abordagem, segundo o executivo, pode levar a reduções e otimizações de custo, simplificação da gestão e governança, além de redução dos riscos de segurança.

“Não é necessário rodar múltiplas soluções de workflow de automação, diferentes soluções de back-end de gerenciamento de APIs. Você pode adotar uma única solução para toda a corporação”, avaliou.

Leia também: Low code e IA: desenvolvedores vão perder espaço para essas tecnologias?

Dados e IA

Não é surpresa que a inteligência artificial (IA) também esteja movimentando o setor, trazendo melhores decisões de negócio, automação, eficiência e personalização baseada em dados. “A ideia com a IA é colocar os dados e as informações certas nas mãos certas, na hora certa e no contexto certo para tomar as melhores decisões possíveis”, afirmou.

Um exemplo dessa tendência é a própria Siemens, empresa da qual a Mendix faz parte e que hoje é a principal cliente da companhia, com mais de 900 aplicações em 26 divisões de negócio rodando na plataforma Mendix.

Conforme Garst relata, dois terços dessas aplicações rodam na Siemens Data Cloud, uma estrutura construída em parceria com a Snowflake e AWS, que permite que executivos em qualquer lugar do planeta acessem insights baseados em IA para guiar os negócios da organização. “Eles estão tirando proveito da IA para tomar decisões informadas em tudo o que fazem”, pontuou.

Governança

“Se você não tem sistemas de governança estabelecidos, mas tem desenvolvedores construindo aplicações de forma desordenada e as colocando em produção, você vai ter alguns problemas”, explicou o executivo. Ao mesmo tempo que a necessidade das áreas de negócio por novas aplicações e serviços cresce, a demanda pela governança corporativa desses sistemas também avançou, segundo Garst. Isso tem dado novas oportunidades para plataformas unificadas de low-code.

Por meio destas soluções, questões como compliance, gestão de risco, colaboração e gestão do ciclo de vida de aplicações podem ser abordadas em políticas estabelecidas em um único lugar, que atendam aos desenvolvedores de TI e de negócios de forma centralizada. “Você precisa construir uma estrutura de governança dentro de sua plataforma para estabelecer todas as barreiras e restrições necessárias ao seu sistema”, indicou.

Previsibilidade e confiança

Por fim, a necessidade de previsibilidade de custos tem levado algumas organizações a optar por soluções desenvolvidas em low-code como alternativa à dependência de softwares que exigem novas versões a cada atualização. “Você não deve ficar em uma situação em que uma nova versão de uma tecnologia te leve a investir milhares de dólares reescrevendo aplicações”, finalizou.

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Redação

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