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5 perguntas para o CEO: Fabio Costa, da Salesforce

Depois de cinco anos à frente da VMWare e um ano e meio como vice-presidente de Soluções Enterprise da Microsoft, Fabio Costa completa agora cinco meses como presidente da Salesforce Brasil. Uma nova casa, com novos desafios e com a aspiração de mudar a atuação da empresa em solo nacional.

“A Salesforce tem uma forte cultura de vendas. A estratégia sempre foi de ganhar amplitude horizontal no mercado. Meu desafio é manter essa máquina, esse time fabuloso e, ao mesmo tempo, crescer verticalmente”, revelou em conversa à Computerworld Brasil.

O amplo conhecimento no mercado de cloud, sem dúvidas, é um diferencial de Costa e sua missão agora é transformar a Salesforce em uma empresa que vai muito além do Customer Relationship Management CRM), posicionando-se como uma plataforma verdadeiramente 360º.

Na entrevista que segue, realizada na moderna sede da empresa em São Paulo, Costa revelou seus desafios e como observa a evolução do mercado de cloud computing, que não para de crescer e apresentar oportunidades sem precedentes para os negócios.

Computerworld Brasil – O que motivou sua transição de carreira, da Microsoft para a Salesforce?
Fabio Costa: A proposta de soluções da Salesforce é bastante interessante. Estamos falando de uma empresa que nasceu na nuvem há 20 anos e que ajuda negócios em todo o mundo a caminhar para a cloud, por vários motivos, como eficiência e produtividade. Afinal, cloud é mobilidade.

O segundo ponto é que, apesar de a Salesforce ser uma companhia relativamente jovem, tem uma forte cultura, criada pelo nosso fundador Marc Benioff durante um período sabático. Aqui, a inclusão, criada pelo ambiente diverso, é praticada todos os dias. Essa diversidade traz qualidade, capacidade de organização e gera um time muito motivado. O último elemento é parte tecnológica. É a verdadeira sensação de trabalhar com o Estado da Arte.

A Salesforce tem uma forte cultura de vendas. A estratégia sempre foi de ganhar amplitude horizontal no mercado. Meu desafio agora é manter essa máquina, esse time fabuloso e, ao mesmo tempo, crescer verticalmente.

CW Brasil – Como a sua experiência em cloud e a expansão de negócios têm agregado à estratégia da Salesforce no Brasil?
Costa: Como a Salesforce tem concentração alta aqui do ponto de vista de cobertura, nosso desafio é crescer mais. Assim, desenvolvemos estratégias para aumentar o consumo dos clientes que já existem, com uma abordagem para os cliente focada em uma experiência completa.

CW Brasil – Vivemos agora uma nova fase da nuvem. Você acredita que esse cenário pode fomentar novos negócios?
Costa: Nessa nova fase, não há mais discussão sobre se empresas vão usar a nuvem ou não. Hoje, elas já entendem seus benefícios e que Nuvem 2.0 é orientada ao cliente e mais fácil de se implementar. Observamos atualmente uma clara mudança na confiança da cloud e grandes projetos de nuvem estão ganhando tração. Há, contudo, um grande desafio de legado, algo que estamos respeitando.

CW Brasil – Qual balanço faz dos primeiros meses à frente da Salesforce no Brasil?
Costa: Cheguei no primeiro trimestre do ano fiscal e tudo o que estamos transacionando agora foi fruto de oportunidades criadas há meses. Nossa preocupação para o segundo semestre é desenvolver segmentos como Varejo e manter nossa posição em Finanças, Telecom, que temos presença importante, e Manufatura.
Estamos em uma jornada muito além do CRM e trabalhamos para reforçar isso. Por isso, contamos com uma plataforma 360° do cliente, o que tem atraído os olhares das empresas. Nossas ferramentas são democráticas, já que a nuvem reduz a barreira de adoção.

CW Brasil – Quando falamos de Salesforce, sempre vem à mente a figura do Marc Benioff, fundador e CEO global da empresa. Como é trabalhar com ele?
Costa: Na minha primeira semana na Salesforce, estive com ele e outras 150 lideranças globais da empresa. Ele é muito autêntico e tudo o que ele fala coloca em prática. Ele se expõe e coloca na mesa o que está pensando. O Marc tem uma preocupação genuína com diversidade e inclusão e nessa reunião, quase 50% do tempo ele trouxe esses temas para a pauta. Também é um líder de muita visão, já que a estruturação da Salesforce surgiu de uma visão tecnológica que ele teve, um insight que ele conseguiu transformar em um negócio de US$ 120 bilhões.

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